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- Publicada em 26 de Setembro de 2016 às 23:15

Abertura de trincheira confunde motoristas

Mudança de sentidos fez com que carro cruzasse via na contramão

Mudança de sentidos fez com que carro cruzasse via na contramão


FREDY VIEIRA/JC
Isabella Sander
A liberação para o fluxo de carros ontem na trincheira da rua Anita Garibaldi, em Porto Alegre, gerou grandes mudanças no trânsito da região. A obra eliminou o cruzamento entre a rua e a avenida Carlos Gomes. Agora, a Anita funciona em duas faixas, com sentido único de circulação. As alterações causaram dúvidas aos motoristas no primeiro dia.
A liberação para o fluxo de carros ontem na trincheira da rua Anita Garibaldi, em Porto Alegre, gerou grandes mudanças no trânsito da região. A obra eliminou o cruzamento entre a rua e a avenida Carlos Gomes. Agora, a Anita funciona em duas faixas, com sentido único de circulação. As alterações causaram dúvidas aos motoristas no primeiro dia.
Enquanto a equipe de reportagem do Jornal do Comércio esteve no local, um carro chegou a cruzar a trincheira na contramão, em direção ao bairro Moinhos de Vento. Do outro lado da obra, um agente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) abordou o motorista e o orientou. Agentes de trânsito permanecerão na região nos próximos dias. A liberação acontece uma semana antes das eleições municipais.
O bancário Renato Verni, de 58 anos, foi levar sua mãe, Vilma Verni, de 88 anos, até o apartamento da aposentada, na Anita, próximo a uma das alças de acesso ainda não inauguradas. Não sabia, no entanto, como acessar o prédio com o veículo, e precisou ser ajudado pelo zelador do edifício. "Queríamos entrar com o carro na garagem e não conseguimos. Não está bem sinalizado. Viemos pela trincheira, queríamos entrar direto, mas descobrimos que é preciso fazer a volta lá pela Carlos Gomes. Por enquanto é um incômodo, porque não acessaremos como acessávamos antigamente", relata.
Os quatro anos e meio de obras foram um transtorno para os moradores, que precisavam passar por desvios e bloqueios. Entretanto, Verni sabe que essa é uma intervenção positiva. "Vai ajudar a desobstruir o trânsito, especialmente do Centro para cá, mas é insuficiente, pois precisaríamos de mais obras para aliviar o tráfego", opina. A solução apontada pelo bancário, contudo, é outra. "Tinha que ter menos carro na rua e mais bicicletas, motocicletas, gente a pé", defende.
O zelador que ajudou Verni é Anderson de Oliveira Moura, de 37 anos. O profissional ficou parado em frente ao prédio onde trabalha, a fim de orientar os moradores que chegavam sobre o desvio pela Carlos Gomes. "Está mal sinalizado ainda, o que é um perigo para os pedestres. Vamos rezar para não acontecer nada grave. Mas, no futuro, depois de um tempo, o trânsito vai fluir melhor. Faz parte: para evoluir, há prós e contras", afirma.
Para o aposentado João Carlos Ferreira, de 75 anos, o trânsito teve ganho positivo com a abertura da trincheira. "Tenho a impressão de que ficou melhor. Ficamos felizes pela inauguração, pois se sofreu aqui, com essa obra, por muitos anos. As obras, em Porto Alegre, não terminam nunca", observa.
Em média, 80 mil automóveis passam pela área da trincheira diariamente, o que gerava um problema crônico de engarrafamento no cruzamento da Anita com a Carlos Gomes. Desde ontem, às 8h, além da trincheira, o corredor de ônibus do trecho também foi liberado para funcionamento. Para reforçar a sinalização, foram instaladas 60 novas placas. Como segurança aos pedestres, foram implantadas ilhas de refúgio e repintura das travessias.
A única parte ainda inacabada são as alças de conversão da Carlos Gomes para a Anita, sentido Centro-bairro, que seguirão bloqueadas. A previsão é de finalização até novembro. Será necessário fazer um recorte de pista no local. O desvio pela rua Furriel Luiz Antônio de Vargas será mantido e é a alternativa para os condutores que pretendem converter à esquerda na Carlos Gomes, pista Sul-Norte.
Iniciada em janeiro de 2013, a trincheira possui 210 metros de extensão. O valor investido foi de R$ 13,4 milhões. O atraso para o término se deveu a protestos de moradores contra o corte de árvores, disputa judicial na desapropriação de uma empresa e a necessidade de uma nova licitação. Além disso, o empreendimento precisou de um aditivo no contrato, para demolir uma rocha encontrada durante as escavações. O trabalho teve redução de ritmo durante mais de um ano, sendo retomado em maio de 2015, após rescisão com a primeira empresa licitada.
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