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Geral

- Publicada em 08 de Setembro de 2016 às 15:09

Protesto lembra homicídios no governo Sartori

Caminhada terminou no Palácio Piratini, com a colocação de cruzes no chão em homenagem às vítimas

Caminhada terminou no Palácio Piratini, com a colocação de cruzes no chão em homenagem às vítimas


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Servidores da segurança pública do Rio Grande do Sul realizaram um protesto na manhã desta quinta-feira no Centro Histórico de Porto Alegre. O ato serviu para lembrar os 3.945 assassinatos (contabilizando homicídios, latrocínios e outros casos) ocorridos no Estado desde que o governador José Ivo Sartori assumiu o cargo, em janeiro de 2015.
Servidores da segurança pública do Rio Grande do Sul realizaram um protesto na manhã desta quinta-feira no Centro Histórico de Porto Alegre. O ato serviu para lembrar os 3.945 assassinatos (contabilizando homicídios, latrocínios e outros casos) ocorridos no Estado desde que o governador José Ivo Sartori assumiu o cargo, em janeiro de 2015.
Entidades que representam os quadros da Brigada Militar, Polícia Civil, Instituto-Geral de Perícias (IGP) e Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) seguravam cruzes brancas em homenagem às vítimas durante o trajeto, que passou pela Esquina Democrática, seguiu pela Rua dos Andradas, rua General Câmara e terminou em frente ao Palácio Piratini, com as cruzes sendo colocadas no chão.
O presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (Ugeirm), Isaac Ortiz, afirma que o motivo da mobilização é o desmonte da segurança pública no Estado. "Em janeiro do ano passado, Sartori publicou um decreto que contingencia todo o trabalho da segurança pública, e esse decreto está valendo até hoje. É contra essa política que estamos protestando", afirmou.
Para ele, contratar 200 policiais não adianta, uma vez que ainda há 650 concursados esperando para serem chamados. Além dos parcelamentos salariais, Ortiz também se mostrou preocupado com o que chamou de "carceragens" nas delegacias. "Não tínhamos presos em delegacias há 50 anos. Voltou a ter agora, com esse governo", lamentou.
Para o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado do Rio Grande do Sul (Amapergs), Flávio Berneira Junior, até agora, o governo só tem declarado obviedades. "Todo mundo sabe que precisamos aumentar as vagas no sistema prisional. Nossa prioridade nesse momento deveria ser aumentar a capacidade, a força de trabalho", ponderou.
Ele questionou a demora na inauguração do presídio construído recentemente em Canoas, que poderá abrigar até 2 mil detentos. "Não abre porque não tem funcionário, tanto que a Susepe mandou uma circular para o interior perguntando se algum agente está disposto a trabalhar voluntariamente em Canoas."
Berneira espera que, com o decreto de situação de emergência do sistema prisional, o concurso da Susepe, cujo lançamento está previsto para 2017, ganhe celeridade. "Ainda não contrataram a banca. Espero que contratem com dispensa de licitação e que se faça rapidamente esse concurso." O curso de formação de um agente penitenciário leva nove meses, mas tem sido aplicado em três, com aulas em três turnos, para agilizar o processo - algo que o sindicato desaprova.
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