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Sistema Financeiro

- Publicada em 29 de Setembro de 2016 às 19:40

BB prevê avanços no crédito neste semestre

Financiamentos em 2016 podem encolher até 2%, com base nos dados do balanço do 2º trimestre

Financiamentos em 2016 podem encolher até 2%, com base nos dados do balanço do 2º trimestre


MARCELO G. RIBEIRO/JC
O Banco do Brasil (BB) espera um segundo semestre melhor que o primeiro, beneficiado, principalmente, por um volume menor de provisões para devedores duvidosos (PDDs), mas sem retomada de crédito, de acordo com o vice-presidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores da instituição, José Coelho.
O Banco do Brasil (BB) espera um segundo semestre melhor que o primeiro, beneficiado, principalmente, por um volume menor de provisões para devedores duvidosos (PDDs), mas sem retomada de crédito, de acordo com o vice-presidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores da instituição, José Coelho.
"Esperamos um segundo semestre um pouco melhor e essa é a tendência para os próximos trimestres, que devem ir melhorando os poucos. Os dados de crédito do Banco Central (BC), divulgados na quarta-feira, vieram bem fracos. Ainda não estamos vendo retomada de crédito", afirmou. O estoque de crédito do sistema financeiro apresentou estabilidade em agosto ante julho, num total de R$ 3,115 trilhões, segundo informou ontem o BC. Em 12 meses, foi visto recuo de 0,6% e, no acumulado deste ano, de 3,2%.
Apesar disso, o BB, conforme Coelho, espera um "pequeno crescimento" da sua carteira de crédito total para este ano embora para pessoa jurídica a projeção indique queda dos empréstimos. Na divulgação de resultados do segundo trimestre, o banco revisou para baixo seu guidance como reflexo do desempenho da pessoa jurídica neste ano. Agora, espera que os empréstimos, considerando o conceito ampliado interno, possam encolher até 2% neste ano ou subir 1% no melhor cenário.
Para 2017, Coelho afirma que não vê mudança de tendência em termos de crédito, uma vez que a demanda continua baixa. Ainda assim, o BB espera, conforme ele, um pequeno crescimento dos empréstimos também para o próximo ano. "Começamos a discutir o orçamento para 2017", explica ele, sem citar números projetados para o ano que vem.
Sobre possíveis desinvestimentos do BB para melhorar a rentabilidade do banco, principal foco da instituição, Coelho disse que as conversas com o Patagônia seguem normais. Em recente fato relevante ao mercado, o banco comunicou que avaliava a possibilidade de fazer uma oferta da venda de sua fatia no banco argentino. Coelho não deu, porém, um prazo para a concretização do negócio.
O vice-presidente do BB afirmou ainda que no Votorantim o trabalho é para melhorar sua rentabilidade. O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROE, na sigla em inglês) do banco foi a 5,4% no segundo trimestre, melhor que o primeiro, de 4,5%. Não comentou, contudo, se o BB tem interesse de se desfazer em sua fatia no Votorantim.

Depoimentos do Badesul se iniciam na terça-feira

A Comissão de Sindicância que averigua irregularidades na liberação de recursos pelo Badesul se reuniu nesta quinta-feira, na Procuradoria-Geral do Estado. Na reunião, foram estabelecidas as providências a serem tomadas, entre elas, a definição das primeiras 15 pessoas a serem ouvidas a partir da próxima terça-feira, e os documentos, contratos e atas de reuniões a serem analisados.
Conforme a presidente da comissão, procuradora Adriana Krieger de Mello, "a comissão quer averiguar se houve algum tipo de falta de critério na concessão de crédito em elevado grau de risco que implicou prejuízo para o Badesul, se realmente houve alguma responsabilidade pessoal dos agentes envolvidos, e se houver, recuperar os valores".
Constituem a comissão, instaurada conforme publicação no Diário Oficial do Estado de quinta-feira, além da presidente, os servidores do Badesul César da Silva Cardozo, Deise Antunes Rambo e Peter Andersen Cavalcanti.