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Mercado de Capitais

- Publicada em 29 de Setembro de 2016 às 19:11

Ibovespa fecha em queda de 1,69%

Banco alemão sofreu multas do Departamento de Justiça dos EUA

Banco alemão sofreu multas do Departamento de Justiça dos EUA


DANIEL ROLAND/AFP/JC
A Bovespa foi diretamente influenciada pela intensificação dos temores em torno da saúde financeira do Deutsche Bank nesta quinta-feira. A bolsa brasileira oscilava em torno da estabilidade até o surgimento de notícias de que o maior banco alemão era alvo de desmontagem de posições de grandes fundos - um agravante à sua situação já bastante delicada. As ações de bancos reagiram com queda em todo o mundo, lideradas, naturalmente, pelas do Deutsche e de outros bancos europeus. Com isso, o Índice Bovespa firmou-se em queda e terminou o dia aos 58.350 pontos, em queda de 1,69%.
A Bovespa foi diretamente influenciada pela intensificação dos temores em torno da saúde financeira do Deutsche Bank nesta quinta-feira. A bolsa brasileira oscilava em torno da estabilidade até o surgimento de notícias de que o maior banco alemão era alvo de desmontagem de posições de grandes fundos - um agravante à sua situação já bastante delicada. As ações de bancos reagiram com queda em todo o mundo, lideradas, naturalmente, pelas do Deutsche e de outros bancos europeus. Com isso, o Índice Bovespa firmou-se em queda e terminou o dia aos 58.350 pontos, em queda de 1,69%.
As recentes quedas das ações do Deutsche ocorrem em meio a dúvidas sobre sua capacidade de pagar multas multibilionárias em dólares, aplicadas pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos devido a negócios irregulares de anos atrás. O temor maior é de um colapso do banco, com desencadeamento de uma série de efeitos negativos sobre o setor financeiro europeu.
Na Bovespa, as ações de bancos tiveram reação imediata e em bloco à notícia da fuga de fundos, com todos os papéis migrando rapidamente para o terreno negativo. O Índice Financeiro, que reúne apenas ações do segmento, teve queda de 1,99%, fechando na mínima do dia. Nesse grupo, destaque para as units do Santander Brasil - banco espanhol -, que caíram 2,70%. Banco do Brasil ON caiu 2,92%, Itaú Unibanco cedeu 2,55% e Bradesco PN, 1,66%.
Com o Deutsche no centro das atenções, houve pouco espaço para outras interferências nos negócios da Bovespa. O petróleo operou em alta, mas não com força suficiente para sustentar as ações da Petrobras, que terminaram o dia com quedas de 1,70% (ON) e de 3,03% (PN). Já as ações do setor de papel e celulose andaram na contramão do Ibovespa. Entre as 58 ações que compõem a carteira teórica do índice, as duas maiores altas foram de Suzano PNB ( 2,51%) e Fibria ON ( 1,97%). As altas são justificadas pelo fato de as duas empresas terem anunciado reajuste de preços da celulose.
Com o resultado de ontem, o Ibovespa reduziu a alta acumulada em setembro para 0,78%. No ano, o índice contabiliza ganho de 34,61%.
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Dólar à vista tem alta de 0,96%

O dólar firmou-se em alta ante o real, num movimento global de aversão ao risco no período vespertino. As preocupações em torno da saúde financeira do Deutsche Bank afastaram os investidores de moedas ligadas a commodities e de economias emergentes.
No mercado à vista, o dólar avançou 0,96%, aos R$ 3,2540. Segundo a clearing da BM&FBovespa, o volume somou US$ 2,697 bilhões. O dólar futuro para outubro avançou 1,34%, aos R$ 3,2590, com giro de US$ 17,835 bilhões.
Domesticamente, os agentes financeiros acompanharam as declarações do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, mas apontaram a ansiedade por medidas mais concretas. Meirelles reforçou que o texto da proposta de emenda constitucional que estabelece um limite aos gastos públicos será fechado até segunda ou terça-feira, data em que o governo pretende encaminhar o relatório para leitura na comissão especial que analisa a matéria.