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Mercado de Capitais

- Publicada em 28 de Setembro de 2016 às 19:07

Acordo deve cortar produção de petróleo

A Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) chegou a um entendimento nesta quarta-feira de que um corte na produção de petróleo bruto é necessário para elevar os preços do petróleo, disseram pessoas familiarizadas com o assunto, mas o cartel irá esperar até novembro para finalizar um plano para resolver um excesso de oferta que durou mais tempo do que o esperado.
A Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) chegou a um entendimento nesta quarta-feira de que um corte na produção de petróleo bruto é necessário para elevar os preços do petróleo, disseram pessoas familiarizadas com o assunto, mas o cartel irá esperar até novembro para finalizar um plano para resolver um excesso de oferta que durou mais tempo do que o esperado.
O consenso foi alcançado depois de uma reunião de mais de quatro horas em Argel, capital da Argélia. Ela representa o primeiro reconhecimento da Opep de que é necessário tomar medidas para aliviar uma queda do preço do petróleo, que causou estragos nas economias dos países produtores.
Uma pessoa familiarizada com o assunto disse que o cartel estava considerando cortar a produção para entre 32,5 milhões e 33 milhões de barris por dia em relação aos níveis de agosto, de 33,2 milhões de barris por dia.
Exatamente como os cortes de produção seriam alcançados não está claro. A fonte disse que um comitê seria formado para estudar a forma de realizar os cortes e, em seguida, informar o cartel na sua reunião de 30 de novembro, em Viena.
Enquanto isso, o Irã, Líbia e Nigéria estão tentando aumentar a produção, enquanto países como a Venezuela e Argélia não podem se dar ao luxo de perder receitas do petróleo causadas pelo corte. A Arábia Saudita, o maior produtor do grupo, tem produzido em níveis recordes nos últimos meses e era esperado para abrandar a produção no outono e inverno de qualquer maneira.
A reunião de ontem também não contou com o maior produtor mundial de petróleo, a Rússia, que está bombeando níveis recordes de petróleo. A Rússia não é membro da Opep, mas tinha sido fortemente envolvida nas negociações com o cartel sobre um abrandamento em conjunto da produção.

Com anúncio, ações da Petrobras sobem e dólar sofre queda de 0,31%

A notícia de que a Opep chegou a um acordo para cortar a produção de petróleo pela primeira vez em oito anos surpreendeu os investidores. Os preços do petróleo subiram quase 6% e impulsionaram ações de empresas do setor, como as da Petrobras. No fechamento, Petrobras ON subiu 4,64% e Petrobras PN avançou 5,56%.
O Ibovespa fechou em alta de 1,67%, aos 59.355 pontos e os índices acionários em Nova Iorque também subiram. A dois pregões do encerramento de setembro, o Ibovespa acumula alta de 2,51% no mês e de 36,93% em 2016. Até o último dia 26, os investidores estrangeiros haviam retirado R$ 1,932 bilhão da Bovespa. Em 2016, a bolsa tem superávit de R$ 13,076 bilhões em recursos externos.
O dólar, que se fortalecia no início do dia, mudou de direção e passou a cair frente às principais moedas, incluindo o real. No segmento à vista, o dólar negociado no balcão fechou em baixa pelo segundo dia consecutivo e caiu 0,31%, aos R$ 3,2230. Com o menor valor de encerramento desde 21 de setembro, a divisa norte-americana zerou os ganhos acumulados no mês e passou somar perda de 0,12% em setembro. De acordo com dados registrados na clearing da BM&FBovespa, o volume de negociação atingiu US$ 1,327 bilhão.
No mercado futuro, o contrato de dólar com vencimento em outubro registrou queda de 0,60%, aos R$ 3,2160. O giro foi considerado elevado e somou US$ 20,322 bilhões, em meio a relatos de entrada de recursos pela via financeira. Também foi comentado por operadores que o volume costuma ser maior no final do mês.
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