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crédito

- Publicada em 28 de Setembro de 2016 às 18:43

Juros do cheque especial chegam a 321% ao ano e batem recorde

Os juros do cheque especial bateram novo recorde. As famílias que ficam no vermelho têm de arcar com uma taxa de 321,1% ao ano: é a maior taxa desde que o Banco Central passou a registrar os dados em 1994. De acordo com os dados do Banco Central, o custo dessa modalidade de crédito subiu 2,7 ponto percentual no mês de agosto. A alta ocorreu apesar da queda geral das taxas de juros para as famílias. Em média, os bancos cobram 41,9% ao ano em financiamentos de todos os tipos para pessoas físicas, um patamar 0,2 ponto percentual menor que no mês anterior.
Os juros do cheque especial bateram novo recorde. As famílias que ficam no vermelho têm de arcar com uma taxa de 321,1% ao ano: é a maior taxa desde que o Banco Central passou a registrar os dados em 1994. De acordo com os dados do Banco Central, o custo dessa modalidade de crédito subiu 2,7 ponto percentual no mês de agosto. A alta ocorreu apesar da queda geral das taxas de juros para as famílias. Em média, os bancos cobram 41,9% ao ano em financiamentos de todos os tipos para pessoas físicas, um patamar 0,2 ponto percentual menor que no mês anterior.
Outra taxa de juros alta é a do rotativo do cartão de crédito. Em agosto, na comparação com o mês anterior, houve alta de 3,5 pontos percentuais, para 475,2% ao ano. Neste ano, essa taxa já subiu 43,8 pontos percentuais. O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão.
A taxa média das compras pagas com juros, do parcelamento da fatura do cartão de crédito e dos saques parcelados subiu 0,8 ponto percentual e ficou em 152,2% ao ano.
A taxa do crédito pessoal aumentou 0,1 ponto percentual para 132,3% ao ano. Já a do consignado (com desconto em folha de pagamento) também subiu 0,1 ponto percentual para 29,3% ao ano.
Já a taxa média de juros cobrada das famílias caiu 0,1 ponto percentual de julho para agosto, quando ficou em 71,9% ao ano. A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas ficou estável em 6,2%.

Queda do estoque de crédito é a primeira da série

A recessão, o aumento dos juros e a queda da confiança desidrataram o mercado de crédito brasileiro e, pela primeira vez desde 2007, o estoque de empréstimos e financiamentos caiu na comparação com um ano antes. Segundo o Banco Central, o estoque de crédito às famílias e empresas somou R$ 3,11 trilhões em agosto, valor 0,6% menor que o registrado um ano antes.
Desde o início da série histórica, em 2007, o estoque de crédito sempre cresceu em termos nominais. Em pleno estouro da crise internacional, em outubro de 2008, o estoque de financiamentos chegou a crescer com ritmo anual de 34,2% naquele mês. Em 2009, a média do crescimento anual da carteira ficou em 20,9%. Em 2010, o ritmo diminuiu um pouco para 18,7%.
Com a crise econômica, o mercado de crédito tem vivido desaceleração e, desde junho de 2015, o estoque não crescia mais com taxas de dois dígitos. Em junho e julho de 2016, a carteira cresceu com ritmo anual inferior a 1%.