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Economia

- Publicada em 27 de Setembro de 2016 às 14:33

Visa não vai perder a liderança no Brasil, garante novo presidente

Agência Estado
A bandeira internacional Visa não considera ser desbancada do posto de líder no Brasil, o segundo maior mercado para a marca no mundo. Sua fatia, que chegou a ser de 70%, estaria hoje abaixo dos 50%, conforme fonte. Isso ocorre em meio à ofensiva de competidores locais como a Elo, de Bradesco, Banco do Brasil e Caixa, mas também de sua principal concorrente, a MasterCard.
A bandeira internacional Visa não considera ser desbancada do posto de líder no Brasil, o segundo maior mercado para a marca no mundo. Sua fatia, que chegou a ser de 70%, estaria hoje abaixo dos 50%, conforme fonte. Isso ocorre em meio à ofensiva de competidores locais como a Elo, de Bradesco, Banco do Brasil e Caixa, mas também de sua principal concorrente, a MasterCard.
Apesar de admitir que a concorrência está maior, o novo presidente da Visa no Brasil, Fernando Teles, afirma que o foco da empresa não é necessariamente reagir a esse quadro, mas se posicionar a frente dos competidores tradicionais e também dos que poderão surgir com o avanço da tecnologia, oferecendo soluções que o consumidor ainda não sabe necessariamente que precisa.
Não existe, de acordo com o executivo, uma "bala de prata" para manter a liderança do mercado. Mas a Visa promete se manter no posto de número 1 do mercado de cartões brasileiro ao mudar sua postura no setor, aproximando-se dos clientes e de suas necessidades. Para isso, a companhia já se posiciona como uma empresa de tecnologia que busca atender às demandas e ansiedades de cada consumidor da forma mais individualizada possível.
"A Mastercard está vindo bem. Tem um mercado muito mais competitivo, mas a seara de competição vai acabar mudando de parâmetros tradicionais que a gente conhece hoje para quem está agregando mais valor para a comunidade de consumidores... Não, não vamos perder a liderança no Brasil", garante Teles, em entrevista ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), a primeira desde que assumiu a presidência da Visa no Brasil, há pouco mais de um mês, vindo do Banco Original e com cerca de dez anos de Itaú Unibanco no currículo.
Além de não perder sua hegemonia no Brasil, a Visa quer ganhar mais espaço no País, segundo ele. Para isso, acrescenta, a bandeira faz apostas que vão além de estampar sua marca em plásticos de débito ou crédito.
Uma delas teve sua primeira transação efetuada com clientes do aplicativo Restorando, que viabiliza a reserva de restaurantes em São Paulo. Eles poderão acompanhar sua conta em tempo real no celular a partir da hora que chegarem no estabelecimento, podendo pagá-la com apenas um clique, sem a necessidade de que o garçom leve a máquina de cartões (POS, na sigla em inglês).
Iniciativas como essa, de acordo com Teles, devem ajudar a Visa a se manter na liderança, ainda que a empresa não esteja costurando associação com grandes bancos, a exemplo do que fez a MasterCard com Itaú Unibanco e Santander e enquanto a Elo, que já é aceita no exterior, cresce com o apoio de seus emissores. "A concorrência no futuro não necessariamente é a competição de hoje. O teu concorrente lá na frente pode ser alguém que não estava no radar, que você não conhece", afirma. "O Uber não existia", exemplifica o presidente da Visa, citando a concorrência com os táxis.
A experiência com o Restorando é a primeira iniciativa de plataforma aberta (APIs, na sigla em inglês) da Visa com um cliente exclusivamente brasileiro. No âmbito global, a bandeira já desenvolveu soluções em parceria com Facebook, Samsung Pay, Uber, entre outros. No total, soma 16 APIs desde o lançamento do Visa Developer Center, em fevereiro deste ano, programa que permite que desenvolvedores de softwares e aplicativos tenham acesso a produtos e serviços oferecidos por plataformas da empresa.
As soluções desenvolvidas podem gerar dois tipos de retorno para a Visa: um deles é comercial, como no modelo B2B, no qual a empresa negocia acordos com o desenvolvedor, após ter testado o potencial da nova solução; o segundo tipo de retorno vem por meio das facilidades oferecidas pela Visa aos clientes de seus clientes, resultando em aumento de transações.
Por isso, mesmo partindo para novos segmentos, a rentabilidade da Visa, explica Teles, segue diretamente associada ao crescimento do volume de transações. Então, no fim do dia, a meta da Visa é fazer com que o mercado e seus clientes cresçam. Para este ano, o executivo espera que o mercado de cartões avance dentro da expectativa da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), de alta de 6,5%, contra avanço de 8,4% em 2015. Já para 2017, ele vê o setor acelerando e voltando a crescer dois dígitos.
"Temos a experiência da crise, mas o sofrimento (da empresa) talvez não tenha sido tão acentuado como nos demais (setores) porque ainda há migração de pagamentos e muita oportunidade de entrar em novos segmentos. Nossa visão é positiva para o cenário do Brasil daqui para frente. Entendemos que há uma retomada da confiança do consumidor", avalia Teles.
O grandes desafio da Visa, segundo o executivo, é mostrar o valor que tem a agregar para o consumidor. A grande pergunta a ser respondida, conforme ele, é "Por que Visa?". "Esse é o meu desafio. Responder porque você deve fazer negócio com a Visa. Nosso slogan é 'com a Visa você pode mais'. Precisamos responder o que é esse pode mais", conclui.
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