Há seis meses no cargo, o secretário municipal de Administração de Porto Alegre, Paulo Guimarães, tem enfrentado o desafio de equilibrar a gestão da Capital em um momento econômico recessivo, cenário que tem exigido medidas de austeridade por parte da administração municipal.
Guimarães contextualiza que 75% das receitas vêm de repasses da União e do Estado. Porto Alegre ainda consegue gerar 25% em receitas próprias, advindas de tributos como Issqn, ITBU, ITBI e taxas de serviço. O problema é que o cenário atual tem impactado as finanças do município nas duas frentes. As transferências estão em queda por conta da redução na arrecadação de maneira geral. E quanto às receitas próprias, o desafio vem da inadimplência, que atinge mais de 30% dos débitos.
É, primeiramente, controlando gastos do próprio Executivo que o secretário busca minimizar o impacto nas contas. Entre as medidas adotadas pela pasta está a substituição da emissão de contracheque do funcionalismo ativo e inativo em papel por arquivos eletrônicos. No decorrer desses seis meses, Guimarães, que é advogado tributário, revela que reduziu em 40% os gastos com energia. O momento também pede análises criteriosas do Comitê Gestor, que reúne as secretarias da Fazenda, de Administração, Planejamento Estratégico e Orçamento, Gestão e Governança. O grupo tem canalizado recursos para saúde, muito demandada em Porto Alegre - inclusive pelos municípios do Interior.