Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 22 de Setembro de 2016 às 17:17

Juros futuros fecham em queda com IPCA-15 abaixo do esperado e bom humor externo

Agência Estado
Os juros futuros voltaram a fechar em queda firme ao longo de toda a curva, mesmo tendo o dólar passado a maior parte desta quinta-feira em alta. O IPCA-15 de setembro abaixo do esperado e o otimismo do cenário externo ampliaram a disposição do investidor para montar posições vendidas, diante da percepção de que os fatores citados pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na ata como condicionantes para o início do processo de flexibilização da Selic estão evoluindo. Com isso, o mercado dá como certo que a taxa de juros começará a cair em outubro.
Os juros futuros voltaram a fechar em queda firme ao longo de toda a curva, mesmo tendo o dólar passado a maior parte desta quinta-feira em alta. O IPCA-15 de setembro abaixo do esperado e o otimismo do cenário externo ampliaram a disposição do investidor para montar posições vendidas, diante da percepção de que os fatores citados pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na ata como condicionantes para o início do processo de flexibilização da Selic estão evoluindo. Com isso, o mercado dá como certo que a taxa de juros começará a cair em outubro.
Ao término da negociação regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2017 (299.350 contratos) fechou em 13,835%, de 13,885% no ajuste de ontem. O DI janeiro de 2018 (173.760 contratos) caiu de 12,36% para 12,25%. O DI janeiro de 2019 (241.760 contratos) encerrou em 11,66%, de 11,82%. O DI janeiro de 2021 (183.610 contratos) fechou em 11,72%, de 11,88%.
Ainda sob o impacto da percepção deixada pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) ontem, de que uma elevação dos juros nos EUA pode não ocorrer este ano e que será moderada, o mercado abriu sob o impacto do IPCA-15 de setembro, de 0,23%, ante 0,45% em agosto, abaixo do piso das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast, de 0,25%. A desaceleração da inflação foi puxada pelos preços dos alimentos, que surpreenderam ao mostrar deflação de 0,01%, de alta de 0,78% em agosto. O comportamento destes itens foi citado pelo BC como um dos fatores dos quais depende um corte da Selic.
Além disso, teria favorecido hoje o comportamento de queda das taxas a declaração do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, em entrevista à agência Bloomberg publicada após o fechamento dos negócios, de que uma queda da Selic no final do ano é "altamente provável".
O apetite ao risco visto no exterior, com bolsas e commodities em alta e dólar em queda ante boa parte das moedas, além do declínio do nível dos Credit Swap Default (CDS) do Brasil, também favoreceu o recuo das taxas.
Nesse contexto, as chances de um corte de 0,25 ponto porcentual na Selic no mês que vem na curva chegaram hoje a 100%, de cerca de 80% ontem, conforme cálculos do Banco Haitong.
Nesta tarde, o BC disponibilizou em seu site apresentação do diretor de Assuntos Internacionais, Tiago Couto Berriel, mostrada em evento promovido pelo Sovereign Investor Institute (SII) hoje no Rio, na qual afirma que é possível "ver a inflação gradualmente convergindo para o alvo".
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO