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Economia

- Publicada em 20 de Setembro de 2016 às 17:26

Desemprego cresce entre a população idosa, diz Ipea

No Rio Grande do Sul, taxa de desemprego ficou em 8,7%

No Rio Grande do Sul, taxa de desemprego ficou em 8,7%


JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
No segundo trimestre de 2016, as condições do mercado de trabalho permaneceram em ritmo acelerado de deterioração. A taxa de desemprego entre idosos cresceu 132% na comparação do segundo trimestre deste ano com o quarto trimestre de 2014 (último período antes da piora no mercado de trabalho), conforme a Carta de Conjuntura nº 32, publicada ontem pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea). Entre os jovens, o crescimento do desemprego foi menor, porém, ainda preocupa devido ao alto nível de desemprego dessa parcela da população.
No segundo trimestre de 2016, as condições do mercado de trabalho permaneceram em ritmo acelerado de deterioração. A taxa de desemprego entre idosos cresceu 132% na comparação do segundo trimestre deste ano com o quarto trimestre de 2014 (último período antes da piora no mercado de trabalho), conforme a Carta de Conjuntura nº 32, publicada ontem pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea). Entre os jovens, o crescimento do desemprego foi menor, porém, ainda preocupa devido ao alto nível de desemprego dessa parcela da população.
A análise desagregada desse mercado, por meio dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc), mostra que as maiores perdas acumuladas desde o início de 2015 foram dos grupos que tendem a ter desemprego mais elevado (com destaque para os jovens de 14 a 24 anos). Esse grupo é o mais afetado entre os vários segmentos da população economicamente ativa, apresentando variação de 75% na comparação com o mesmo período de 2014.
Quando se analisa apenas este ano, a taxa de variação do desemprego também foi maior para as pessoas com mais de 59 anos, com alta 44% na comparação entre o primeiro e o segundo trimestres deste ano - a taxa de desemprego desse grupo de idade passou de 3,29% no primeiro trimestre para 4,75% no segundo trimestre.
O Rio Grande do Sul apresenta taxa de desemprego de 8,72% no segundo trimestre de 2016, ante 4,50% no quarto trimestre de 2014. O índice é o 7º melhor entre as 26 unidades da federação e o Distrito Federal. A deterioração do emprego está bastante generalizada pelo País. Em apenas oito estados a taxa de desemprego encontra-se ainda abaixo dos 10%: nos três estados do Sul, além de Rondônia, Roraima, Piauí, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. As maiores taxas de desemprego ocorreram no Amapá e na Bahia, seguidos de Pernambuco e Alagoas.
Segundo o coordenador da publicação, o técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea José Ronaldo Souza Jr., "na comparação com o trimestre anterior, o rendimento real médio não apresentou um desempenho tão ruim quanto à ocupação, apresentando uma queda de 1,5%". Entre abril e junho de 2016, foram encerradas mais de 226 mil vagas formais, além de outras 94 mil no mês de julho.
A redução nos salários reais foi pior em setores que exigem menor qualificação, sendo a queda dos rendimentos mais forte entre os que recebem menos que o salário-mínimo - cerca de 9% nos últimos 12 meses. Apenas o trabalhador que ganha exatamente o salário-mínimo não apresentou perda real de rendimento. A queda generalizada nos rendimentos, somada à queda na ocupação, fizeram com que no trimestre entre maio e julho de 2016, a massa salarial se situasse em R$ 175 bilhões de reais, mesmo patamar que se encontrava há três anos.
Entre as ocupações que não observaram diminuição da renda no último ano estão os militares, profissionais das ciências e engenharias, ciências sociais e culturais, profissionais da engenharia de nível médio e profissionais de saúde de nível médio. As maiores quedas no rendimento médio foram ocorreram entre professores do Ensino Superior, profissionais em operações financeiras e administrativas, trabalhadores qualificados, operários, diretores e gerentes. Entre as ocupações que exigem Ensino Superior, os maiores rendimentos estão entre os médicos, enquanto os menores estão entre os professores do Ensino Médio e Fundamental.
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