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Consumo

- Publicada em 14 de Setembro de 2016 às 17:46

Inadimplente desconhece contas básicas e dívidas

Comprar alimentos é prioridade para quem tem orçamento apertado

Comprar alimentos é prioridade para quem tem orçamento apertado


GILMAR LUÍS/arquivo/JC
A falta de atenção em relação à educação financeira e o desconhecimento a respeito das próprias contas são algumas das razões que comumente dificultam o pagamento das dívidas atrasadas e a organização do orçamento familiar. Segundo uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 33,9% dos inadimplentes não têm muito conhecimento sobre suas contas básicas.
A falta de atenção em relação à educação financeira e o desconhecimento a respeito das próprias contas são algumas das razões que comumente dificultam o pagamento das dívidas atrasadas e a organização do orçamento familiar. Segundo uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 33,9% dos inadimplentes não têm muito conhecimento sobre suas contas básicas.
De modo geral, quem tem maior conhecimento sobre suas contas básicas são homens (67,7%, ante 64,9% das mulheres), mais velhos (93,3% para os acima de 65 anos, ante 61,8% na faixa de 18 a 34 anos), de classe social mais elevada (78,7% na classe A/B, de 65% na C/D/E) e desempregados (70,8%, de 64,5% ante os empregados). Enquanto quase 44% não têm muito conhecimento das suas dívidas, em relação à própria renda essa proporção é menor (40,3%). Já no que diz respeito a compras no crédito (cartão de banco ou de loja e/ou carnê e crediário), 43,7% não têm muito conhecimento.
Entre os inadimplentes entrevistados, 22,6% disseram que "sempre" fecham o mês pagando todas as contas sem ficar devendo. Já 57% afirmaram que isso acontece "na maioria das vezes"; para 18,4%, isso ocorre "na minoria das vezes"; e para 5,1%, esse fato "nunca" acontece.
Considerando a vida financeira atual, 43,9% priorizam comprar alimentos, produtos de higiene e limpeza. Já 30,6% dizem que o essencial é pagar no prazo as contas mensais, como luz, água e telefone. Para 11%, o principal objetivo é quitar contas em atraso e limpar o nome. Outros 6,3% pensam que a prioridade é pagar em dia contas de crediário, cartão de crédito e cheque especial. Outras opções citadas foram: guardar dinheiro (3,7%), comprar produtos e serviços que deseja, ainda que não sejam necessários (3%), e gastos com lazer (1,5%).
Dos consumidores ouvidos, 79,7% disseram que tiveram de fazer cortes ou ajustes no seu orçamento, 77,7% abriram mão de coisas a que antes tinham acesso, 75,9% deixaram de fazer compras no crédito, 71,4% evitaram comprar artigos como roupas e calçados, 64% pararam de comer fora e 56,6% cortaram alimentos supérfluos.
De acordo com o educador financeiro do SPC Brasil José Vignoli, estar a par do orçamento é essencial para uma vida financeira livre dos riscos da inadimplência. "O baixo conhecimento das contas indica que o consumidor perdeu o controle da situação. Nesse cenário, é extremamente difícil sair da inadimplência", afirma.
Para a economista-chefe da instituição, Marcela Kawauti, com a recessão econômica, o desemprego e os efeitos da inflação, o poder de compra e de pagamento de contas das pessoas foi enfraquecido. "Além disso, as empresas mostram cada vez mais disposição em negativar os inadimplentes, como forma de acelerar o recebimento dos compromissos em atraso", explica.
A pesquisa ouviu 602 pessoas inadimplentes - com dívidas em atraso há mais de 90 dias - entre os dias 17 de junho e 13 de julho, em todas as regiões do País.

Demanda do consumidor por crédito sobe 7,4% em agosto

A demanda do consumidor por crédito subiu 7,4% em agosto ante julho e avançou 1,9% na comparação com agosto do ano passado, segundo pesquisa da Serasa Experian. No acumulado dos primeiros oito meses do ano, a demanda teve alta de 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com os economistas da Serasa, o forte avanço na margem foi beneficiado pela maior quantidade de dias úteis em agosto. "Desconsiderando o efeito-calendário, a demanda do consumidor por crédito ainda continua bastante enfraquecida", dizem os analistas em relatório.
Na divisão por faixa salarial, o maior aumento em agosto foi verificado entre os que ganham até R$ 500,00 ( 9,7% na margem), seguido da faixa entre R$ 500,00 e R$ 1 mil ( 9,0%), para aqueles que ganham mais de R$ 10 mil ( 6,5%) e de R$ 1 mil a R$ 2 mil ( 6,4%). Entre aqueles com renda de R$ 2 mil a R$ 5 mil, o crescimento foi de 5,1%. Já na faixa de R$ 5 mil a R$ 10 mil houve elevação de 4,9%.
Na avaliação por regiões geográficas, o Sul liderou o crescimento ( 10,9%), seguido por Nordeste ( 8,2%), Sudeste ( 6,6%), Centro-Oeste ( 5,7%) e Norte ( 3,6%).