As bolsas europeias operam sem sinal único na manhã desta terça-feira (13). Alguns indicadores positivos da China foram divulgados mais cedo e beneficiam o setor de mineração, porém o petróleo tem sessão negativa depois de um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE). Além disso, continua no radar a expectativa pela reunião do Federal Reserve, o banco central norte-americano, que termina dia 21.
Na China, a produção industrial subiu 6,3% em agosto deste ano ante igual mês de 2015 e superou a previsão de +6,2% dos analistas. As vendas no varejo, por sua vez, avançaram 10,6% na comparação anual em agosto, acima da expectativa de +10,1%, e os investimentos em ativos fixos subiram 8,1% entre janeiro e agosto de 2016 ante o mesmo período do ano passado, acima da previsão de +7,9%. Os resultados positivos da indústria chinesa animam o cobre nesta manhã, porém o movimento é contido em parte pelo dólar mais forte, que reduz o apetite dos detentores de outras moedas. Entre as mineradoras europeias, Glencore avançava 1,66%, Antofagasta subia 1,39% e Rio Tinto tinha ganho de 0,89% em Londres.
Já entre as petroleiras BP caía 1,06% em Londres, Total recuava 1,11% em Paris e Eni tinha baixa de 0,96% em Milão. Os contratos futuros de petróleo caem nesta manhã, após a AIE divulgar relatório no qual prevê crescimento menor na demanda pela commodity. Além disso, a força do dólar reduz a demanda pela commodity entre os detentores de outras moedas.
Na agenda de indicadores europeia, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do Reino Unido subiu 0,3% em agosto ante julho, abaixo da expectativa de +0,4% dos analistas, e avançou 0,6% no ano em agosto, ante previsão de +0,7%. Na Alemanha, o índice ZEW de expectativas econômicas da Alemanha ficou em 0,5, inalterado ante agosto, ante previsão de 1,5 dos economistas. O CPI ficou estável em agosto ante julho na Alemanha e subiu 0,4% na comparação anual, resultados em linha com a expectativa e com as preliminares.
Há expectativa nos mercados em geral pela decisão do Fed, no dia 21. Ontem, uma dirigente com direito a voto, Lael Brainard, deu sinais de que não tem pressa para defender uma alta nos juros nos EUA, o que beneficiou as bolsas. O Goldman Sachs afirma que a chance de uma elevação dos juros em setembro agora está em 25%, quando antes da fala de Brainard calculava que havia 40% de possibilidade disso ocorrer. Não há, porém, certeza entre os investidores sobre o desfecho, o que deve impor certa cautela até o anúncio do banco central.
Às 8h20min (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,17%, Frankfurt avançava 0,51% e Paris tinha alta de 0,13%, porém Milão caía 0,05%, Madri recuava 0,33% e Lisboa tinha baixa de 1,03%. No câmbio, o euro caía a US$ 1,1229 e a libra recuava a US$ 1,3255.