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Petróleo

- Publicada em 08 de Setembro de 2016 às 17:47

Statoil pede fim do domínio da Petrobras no pré-sal

Michel Temer se reuniu com representantes da petroleira norueguesa

Michel Temer se reuniu com representantes da petroleira norueguesa


MARCOS CORRÊA/PR/JC
O presidente executivo da petroleira norueguesa Statoil, Eldar Saetre, disse, nesta quinta-feira, que o fim da obrigatoriedade de a Petrobras ser a operadora única do pré-sal é muito importante para atrair investimento estrangeiro para o País, após participar de reunião com o presidente Michel Temer em Brasília.
O presidente executivo da petroleira norueguesa Statoil, Eldar Saetre, disse, nesta quinta-feira, que o fim da obrigatoriedade de a Petrobras ser a operadora única do pré-sal é muito importante para atrair investimento estrangeiro para o País, após participar de reunião com o presidente Michel Temer em Brasília.
Saetre, que conversou com Temer sobre o clima de negócios no País, destacou ainda que "ter regras claras é muito importante para o desenvolvimento da indústria".
No fim de agosto, as duas empresas anunciaram um acordo para aprofundar parcerias visando futuros leilões de áreas de exploração de petróleo, em momento em que a endividada companhia brasileira enfrenta restrições de recursos.
O acordo ocorre após a estatal ter anunciado, em julho, venda para a Statoil de participação no bloco exploratório BM-S-8, onde está a promissora área do pré-sal de Carcará, por US$ 2,5 bilhões.
Segundo a Petrobras, o memorando de entendimento desta terça-feira dá continuidade à parceria que as empresas já têm no Brasil e no exterior.
"Os resultados que já alcançamos nas nossas parcerias na área de exploração são prova de que a Petrobras é capaz de manter seus interesses estratégicos ao mesmo tempo em que encontra formas de contornar as evidentes restrições de capital nesse momento", disse o presidente da Petrobras, Pedro Parente, em comunicado.
Atualmente, a Petrobras e a Statoil estão consorciadas em 13 blocos, em fase exploração ou de produção, sendo 10 no Brasil e três no exterior.
Outro ponto do memorando será o esforço conjunto para potencializar as competências técnicas das empresas, com o objetivo de elevar os volumes de óleo recuperável em campos maduros que já estão em operação nas bacias de Campos e Santos.
"Estamos avançando numa parceria estratégica que será vantajosa para as duas empresas. A Statoil tem índices bastante elevados de recuperação de óleo em seus campos em produção, por exemplo, e nós teremos acesso a essa tecnologia por meio de um parceiro, com ganhos evidentes para os dois lados", disse Parente.
As duas companhias, que têm uma posição relevante na produção atual e futura de gás no Brasil, pretendem fazer um amplo diagnóstico do mercado de gás no País, segundo o acordo.
O objetivo será otimizar o aproveitamento do gás, incluindo infraestrutura e sua monetização, podendo ainda considerar investimentos conjuntos em projetos de escoamento e processamento, inclusive com a atração de novos parceiros.
O memorando não tem cláusulas vinculantes, mas indica a intenção das duas empresas em trabalhar conjuntamente, em um horizonte de dois anos, para viabilizar esses projetos, acrescentou comunicado da Petrobras.
Os valores envolvidos dependerão das negociações que serão feitas a partir da assinatura do documento.

Analistas consideram improvável limite na produção de petróleo

Países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e de fora do grupo devem se reunir em breve para discutir um limite à produção da commodity para impulsionar os preços. Analistas do mercado, porém, esperam que a reunião se resuma a muitas conversas, sem nenhuma ação.
Os analistas mantiveram as projeções para o preço em grande medida inalteradas, em um ambiente de excesso de oferta e preços contidos. Autoridades da Opep se reúnem para discutir um eventual corte em sua produção, mas há grandes diferenças entre os membros, o que é um importante obstáculo para um acordo.
Uma pesquisa com 12 bancos de investimento feita pelo Wall Street Journal mostra que o preço do Brent deve ficar em média em US$ 57 o barril no próximo ano, alta de menos de 1 dólar na comparação com a sondagem do mês passado. Os bancos esperam que o WTI fique em média em US$ 55 o barril em 2017, como na pesquisa anterior.
Executivos de petroleiras reunidos nesta semana em Cingapura fizeram projeções otimistas sobre um possível reequilíbrio no mercado. As projeções dos analistas, contudo, mostram um duradouro ceticismo sobre as chances de uma melhora em breve.
Os preços do petróleo lutam para manter-se acima da marca de US$ 50 o barril nos últimos meses. Analistas dizem que um aumento na atividade nos EUA pode interromper o declínio na produção de xisto, o que, segundo muitos, ajudaria a mudar o quadro de excesso de oferta. Uma reunião de países produtores ocorrerá nos intervalos de uma conferência de energia na Argélia, que começa dia 26. Para muitos, não haverá acordo, como ocorreu em abril em Doha.