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Comércio Exterior

- Publicada em 08 de Setembro de 2016 às 22:37

Industriais buscam novas relações com a Argentina

Andrade se mostrou preocupado com a crise atual do Mercosul

Andrade se mostrou preocupado com a crise atual do Mercosul


MIGUEL ÂNGELO/CNI/DIVULGAÇÃO/JC
Uma delegação de 20 representantes de grandes empresas brasileiras desembarcou esta semana em Buenos Aires para se reunir com as mais altas autoridades do governo argentino e expressar seu desejo e reativar planos de investimento no país. A missão foi organizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e, de acordo com seu presidente, Robson Braga de Andrade, também fará alguns pedidos à Casa Rosada para melhorar o clima de negócios no país, entre eles a redução da alíquota de Imposto de Renda (IR) pago em operações de juros (hoje entre 15% e 35%) para estimular empréstimos intrafirma e projetos de infraestrutura.
Uma delegação de 20 representantes de grandes empresas brasileiras desembarcou esta semana em Buenos Aires para se reunir com as mais altas autoridades do governo argentino e expressar seu desejo e reativar planos de investimento no país. A missão foi organizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e, de acordo com seu presidente, Robson Braga de Andrade, também fará alguns pedidos à Casa Rosada para melhorar o clima de negócios no país, entre eles a redução da alíquota de Imposto de Renda (IR) pago em operações de juros (hoje entre 15% e 35%) para estimular empréstimos intrafirma e projetos de infraestrutura.
"Passamos um período de relacionamento conturbado com a Argentina, praticamente todo o kirchnerismo. Os investimentos ficaram congelados, como no caso da Vale do Rio Doce, e hoje as empresas têm interesse em reativar", declarou o presidente da CNI. De acordo com a confederação, atualmente a Argentina é o segundo destino mais importante de investimentos brasileiros no exterior, totalizando em torno de US$ 10 bilhões. O primeiro destino são os Estados Unidos, com cerca de US$ 90 bilhões.
O presidente da CNI disse que os empresários "estão preocupados pela crise do Mercosul" e defendeu a "reconstrução do bloco, sem a Venezuela". "Se realmente tivesse funcionado (o Mercosul), como um grande mercado, um grande programa para a negociação de acordos com outros blocos, certamente teria atraído outros países como Peru e Colômbia", assegurou Braga de Andrade.
Na avaliação do cenário econômico brasileiro, o presidente da CNI afirmou que "no Brasil, a indústria ainda não começou a se recuperar. Subiu um pouquinho em junho, todo mundo ficou animado, mas em julho caiu de novo". Braga de Andrade defendeu a adoção de "medidas duras" para impulsionar a reativação da economia. "A recuperação exige medidas duras. No Brasil, fala-se em reforma da Previdência, em mudanças nas leis trabalhistas, tudo isso é dolorido, você não faz isso sem custo político. Acho que na Argentina é igual."
Para o presidente da CNI, "estamos passando por período difícil, de contrações, mas devido a medidas que estão sendo adotadas, por isso fico mais satisfeito. Pior quando estamos mal porque nada é feito, como aconteceu no Brasil".

Couro brasileiro deve comercializar US$ 8 milhões em Paris

A feira Première Vision Leather, em Paris, irá reunir em breve uma mostra do que de melhor e mais apurado se faz em couros e peles para os segmentos premium de moda. Será entre os dias 13 e 15 de setembro, com o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) e oito empresas nacionais mostrando couros e peles com o suporte do Brazilian Leather, projeto desenvolvido pelo CICB em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) com o objetivo de incentivar as exportações de couros do País.
A expectativa é de que a participação brasileira na feira gere negócios na ordem de US$ 8 milhões. Uma das empresas com estimativa de realizar bons contatos na capital francesa é a Baby Leather, estreante no evento e que produz artigos dedicados somente ao mercado de excelência. "Atualmente, a grande parcela dos nossos couros é manufaturada e exportada posteriormente na forma de sapatos, roupas, bolsas. Buscamos com a participação nesta feira ampliar a atuação no mercado externo e também criar um canal direto com o mercado europeu", destaca André Sehnem, gerente da empresa.
Além dos estandes dos curtumes brasileiros, o País estará na Première Vision Leather com estande próprio apresentando neste espaço o Preview do Couro - Verão 2018. Esta é uma mostra com couros trabalhados em cima de antecipação de tendências e que foi apresentada em primeira mão em São Paulo, na última edição do Inspiramais. O Preview do Couro é uma plataforma de negócios para os curtumes brasileiros, pois mostra o potencial criativo e técnico de couros nacionais presentes ou não ao evento.
Todas as previsões otimistas da participação brasileira em Paris são corroboradas pelas impressões do diretor da feira, o francês Marc Brunel, que recentemente esteve no Brasil visitando empresas de curtume. À época, Brunel se disse impressionado com a qualidade, o tom "fresh" das peles aqui desenvolvidas e a preocupação com a sustentabilidade nas empresas. Ele está à frente da seleção de produtos que compõem a feira, pois diferentemente da maioria das mostras comerciais mundiais, a Première Vision tem uma curadoria que escolhe as empresas participantes.

Vinhos nacionais almejam ampliar negócios nos Estados Unidos

Nesta semana, 10 vinícolas brasileiras marcaram presença através do Wines of Brasil em um dos maiores painéis de degustação de vinhos da América Latina. Realizado em São Francisco, nos Estados Unidos, o Latin America Wine & Spirits Conference teve como público-alvo empresários, mercado comprador da área de vinhos e jornalistas especializados de veículos-chave do país.
A programação contou com uma Master Class seguida de jantar sobre os vinhos verde-amarelos, no qual as informações sobre os produtos foram passadas a 50 convidados especiais pelo Master Sommelier norte-americano Evan Goldstein. A ação foi precedida por uma walk around table, no qual representantes e importadoras das vinícolas disponibilizaram para degustação a 600 participantes alguns dos vinhos e espumantes brasileiros mais representativos no mercado norte-americano. Nas atividades do evento estiveram representadas as vinícolas Aurora, Basso, Casa Valduga, Cave Geisse, Don Guerino, Lidio Carraro, Miolo, Perini, Pizzato e Salton.
O evento também se configura em um fórum para compartilhamento de informações com a participação dos projetos de exportação dos países vinícolas da América Latina - entre eles, Chile, Argentina, Uruguai e Brasil.
As atividades do setor no mercado norte-americano tiveram início ainda na semana passada, com a participação das vinícolas Aurora, Miolo, Perini e Salton no ECRM - Global Wine, Beer & Spirits. Diferente do formato de feira, o ECRM (Efficient Colaborative Retail Marketing) promove rodadas de negócio com reuniões privadas entre os vendedores com importadores, distribuidores e compradores de varejo de México, Reino Unido, China e Espanha, além dos Estados Unidos.
Segundo maior destino das exportações brasileiras de vinhos no primeiro semestre, os Estados Unidos responderam pelo maior percentual de crescimento em valor no período, com alta de 42%, totalizando US$ 444,6 mil. O Wines of Brasil é o projeto de promoção internacional dos vinhos brasileiros realizado pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).