Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Consumo

- Publicada em 05 de Setembro de 2016 às 18:42

Índice de empresários que acha crise grave cai a 39,5%

Entre os afetados, maior impacto foi a redução das vendas do varejo

Entre os afetados, maior impacto foi a redução das vendas do varejo


MARCOS NAGELSTEIN/arquivo/JC
Varejistas e prestadores de serviços estão mais otimistas em relação aos próximos meses. Segundo levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), caiu de 60,2% em abril para 39,5% em agosto o percentual de empresários que consideram a crise econômica muito grave. Para 47,9%, o segundo semestre será melhor do que o primeiro, enquanto 6,8% acreditam que será pior, bem abaixo dos 39,5% que esperam piora anteriormente.
Varejistas e prestadores de serviços estão mais otimistas em relação aos próximos meses. Segundo levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), caiu de 60,2% em abril para 39,5% em agosto o percentual de empresários que consideram a crise econômica muito grave. Para 47,9%, o segundo semestre será melhor do que o primeiro, enquanto 6,8% acreditam que será pior, bem abaixo dos 39,5% que esperam piora anteriormente.
Segundo a pesquisa, em meio à crise, algumas medidas estão sendo tomadas pelos empresários para se manter no mercado. A principal delas é a contenção de despesas, adotada por 38% - percentual menor que o verificado em abril, quando era de 45,1%. Em segundo e terceiro lugar, aparecem a redução dos preços (17,3%) e a demissão de funcionários (10,1%). Já o investimento em propaganda e marketing e a mudança de foco no perfil do cliente aumentaram entre abril e agosto de 2016, respectivamente de 4,8% para 7,7% e de 2,3% para 6,1%.
A pesquisa mostra ainda que a maioria dos entrevistados não pretende demitir funcionários: 84,1% afastam a possibilidade de reduzir o quadro contra 8,6% que consideram a possibilidade. No entanto, pela sua gravidade, a crise já gerou impactos nas empresas. De acordo com a pesquisa, 62,9% dos entrevistados tiveram que demitir funcionários no primeiro semestre. Ainda como reflexo das dificuldades econômicas, metade dos entrevistados diz estar com seu negócio estagnado; 12,9% afirmam estar em crise e outros 13,1%, no vermelho. E cerca de 20% confessam que estão em crescimento.
Na percepção dos empresários que se dizem afetados pela crise (87,3%), o maior impacto sobre os seus negócios foi a diminuição das vendas (70%), com percentual menor que a sondagem para o primeiro semestre (82,7%). Os demais motivos mais citados também tiveram queda na comparação: aumento do pagamento de impostos (33,8% ante 51,0%), e a inadimplência dos clientes (31,8% ante 32,8%).
Na percepção dos empresários, o maior impacto da crise política sobre a economia foi o aumento do desemprego (65,8%), seguido do reajuste dos impostos (50,5%), e a redução das vendas (45,7%). A proporção dos que mencionaram esses dois últimos impactos caiu na comparação com abril, quando eram de 63,6% e 59,2% respectivamente.
Para que o Brasil volte a crescer, as principais atitudes a serem tomadas - na opinião dos empresários - são a redução dos impostos (42,7%), o combate à corrupção (42,7%) e o controle da inflação (39,1%).
O levantamento do SPC Brasil e da CNDL mostrou que o maior temor dos empresários é que o País não saia da crise em 2016. Porém, o percentual caiu em relação ao levantamento de abril: de 41,1% para 33,5%. A pesquisa foi realizada com 822 empresários de todos os portes dos segmentos de comércio e serviços nas 27 capitais e no interior do País.

Famílias gaúchas vêm se ajustando ao cenário, mostra a Fecomércio-RS

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta segunda-feira pela Fecomércio-RS, mostra a continuidade do processo de ajuste ao cenário mais restritivo por parte das famílias gaúchas. Embora o indicador tenha aumentado em relação ao mesmo mês do ano passado, saindo de 52,5% para 56,6%, apresentou redução quando confrontado com julho deste ano (60,4%). "O percentual de endividamento oscilou, mas não em magnitude suficiente para representar uma quebra na tendência de estabilidade observada recentemente e permanecendo próximo a sua média histórica", afirma o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.
De acordo com ele, a inadimplência também vem registrando sinais de contenção. Bohn ressalta, no entanto, que ainda não é possível caracterizar melhoras substanciais das condições das famílias gaúchas, tendo em vista a instabilidade do indicador que sinaliza a permanência em inadimplência. A Peic mostra que a parcela da renda comprometida com dívidas teve leve alta em 12 meses, saindo de 32,0% em julho/2016, para 32,1% em agosto/2016. Na mesma base comparativa, o tempo de comprometimento da dívida manteve-se em 7,6 meses. O cartão de crédito ainda é o principal meio de dívida dos gaúchos, apontado por 76,1% dos entrevistados, seguido por carnês (26,5%), financiamento de carros (13,7%) e crédito pessoal (11,3%).
O percentual de famílias com contas em atraso em agosto/2016 (20,2%) diminuiu em relação ao mesmo mês do ano passado (23,0%), e continua indicando uma interrupção no ciclo recente de alta da inadimplência. Já o índice de famílias que não terão condições de regularizar nenhuma parte de suas dívidas no horizonte de 30 dias atingiu 11,7% em agosto/2016, uma pequena queda em comparação com agosto do ano passado (11,9%), mas alta importante sobre julho último (6,5%). "Após dois meses de arrefecimento, o indicador volta a marcar percentual acima de 10%", destaca o presidente da Fecomércio-RS.

Inflação da baixa renda tem elevação de 0,20% em agosto

A inflação percebida pelas famílias de baixa renda registrou alta de 0,20% em agosto, ante aumento de 0,34% em julho, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O indicador é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre um e dois salários-mínimos e meio. Com o resultado, o índice acumulou uma elevação de 5,85% no ano e elevação de 9,29% em 12 meses. Cinco das oito classes de despesas que integram a inflação percebida entre as famílias de baixa renda contribuíram para a desaceleração no indicador.
As taxas de variação foram menores em Alimentação (de 0,66% em julho para 0,39% em agosto), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,77% para 0,39%), Vestuário (de 0,20% para -0,13%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,71% para 0,27%) e Despesas Diversas (de 0,06% para -0,04%).
Os destaques partiram dos itens arroz e feijão (que diminuiu o ritmo de aumento de 12,99% em julho para 1,26% em agosto), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 2,17% para 0,89%), calçados (de 0,12% para -0,50%), passagem aérea (de 2,97% para -5,71%) e bilhete lotérico (de 15,44% para 0,00%).
Na direção oposta, as taxas foram maiores nos grupos Transportes (de -0,06% para 0,20%) e Comunicação (de -0,15% para 0,05%), onde sobressaíram-se os itens tarifa de ônibus urbano (de -0,37% para 0,43%) e tarifa de telefone móvel (de -0,26% para 0,29%).
O grupo Habitação ficou estável pelo segundo mês consecutivo. A tarifa de eletricidade residencial saiu de queda de 1,93% em julho para redução de 1,37% em agosto, enquanto os eletrodomésticos e equipamentos reduziram a alta de 0,64% para 0,04% no período.
A taxa do IPC-C1 de agosto foi inferior à inflação média apurada entre as famílias com renda mensal entre um e 33 salários-mínimos. O Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-Br) mostrou alta de 0,32% no mês passado. Ambos são calculados pela FGV.
No acumulado em 12 meses, o IPC-C1 ficou em 9,29% em agosto, resultado acima do registrado pelo IPC-BR, que avançou a 8,48% em igual período, segundo o levantamento da Fundação Getulio Vargas.