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Economia

- Publicada em 05 de Setembro de 2016 às 16:08

Indústria gaúcha tem queda em julho e atinge mínimo histórico

A indústria gaúcha registrou uma queda de 2,8% em sua atividade em julho ante junho deste ano, na série dessazonalizada. Com a queda, o setor atingiu o patamar mínimo histórico. Conforme a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), que divulgou o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), o menor número de dias úteis em julho (21), em relação ao mês anterior (22), explica em parte o resultado.
A indústria gaúcha registrou uma queda de 2,8% em sua atividade em julho ante junho deste ano, na série dessazonalizada. Com a queda, o setor atingiu o patamar mínimo histórico. Conforme a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), que divulgou o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), o menor número de dias úteis em julho (21), em relação ao mês anterior (22), explica em parte o resultado.
"O calendário incomum de julho gerou um quadro ainda mais fraco para a atividade da indústria no Estado. Com isso, as taxas negativas, que vinham arrefecendo nos últimos meses, voltaram a acelerar”, explica o presidente da Fiergs, Heitor José Müller.
Na comparação mensal, o calendário atípico levou a um considerável desempenho negativo sobre os indicadores mais diretamente associados à atividade industrial, como o faturamento real (-8,3%) e as compras industriais (-7,5%). No mesmo sentido, a utilização da capacidade instalada (UCI) caiu 2,7%, chegando a 77,2%, e as horas trabalhadas na produção recuaram 1,2%. Em compensação, depois de cair por 18 meses seguidos, o emprego, com ajuste sazonal, avançou 0,3% em julho. A massa salarial real cresceu 0,7%, em relação a junho, interrompendo uma sequência negativa de sete meses.
Em relação ao mesmo mês de 2015, a atividade industrial no Rio Grande do Sul encolheu ainda mais, 9,3%, novamente influenciada pelo calendário. Foi o 29º recuo consecutivo sob essa métrica. A maior sequência de quedas anterior ocorreu por 19 meses entre março de 2005 e setembro de 2006. 
“Os resultados demonstraram o descompasso entre a melhora recente das expectativas dos empresários, apontada pela volta da confiança, e o maior otimismo com a demanda futura, e os dados concretos do setor. A retomada depende da demanda doméstica, ainda reprimida pelo aperto do crédito, aumento do desemprego, perda de renda e pela queda dos investimentos”, avalia Müller.
Os indicadores que compõem IDI-RS apresentaram redução se comparados a julho do ano passado: faturamento real (-17,5%), horas trabalhadas na produção (-8,6%), emprego (-7%), massa salarial (-7,5%), UCI (-2,4%) e compras (-11,9%).
Os sete primeiros meses de 2016, na avaliação com o mesmo período de 2015, registraram uma queda de 7,1% no IDI-RS. Todos os seus componentes caíram: faturamento real (-11,1%), massa salarial real (-10,8%), compras industriais (-9%), emprego (-8,7%), horas trabalhadas na produção (-6%) e UCI (-0,3%). Em mais um sinal a indicar a retração disseminada na indústria gaúcha em julho, dos 17 setores pesquisados, 16 mostraram diminuição na atividade. As principais influências negativas vieram dos segmentos de Móveis (-15,5%), Máquinas e equipamentos (-15,1%), Produtos de metal (-12%) e Veículos automotores (-10,3%).
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