Investidores vão às compras antes do payroll e bolsas europeias sobem

As bolsas europeias operam em alta nesta sexta-feira (2), à frente do relatório de emprego dos EUA (payroll), que pode influenciar a decisão do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) de quando elevar as taxas de juros no país. A alta do petróleo de mais de 1% também ajuda no bom humor dos investidores.

Às 8h50min (de Brasília), a Bolsa de Londres avançava 1,06%, Paris tinha alta de 0,82% e Frankfurt crescia 0,27%. Já a Bolsa de Milão subia 0,07%, Madri acelerava 0,32% e Lisboa ganhava 0,22%.

Os mercados globais estão se preparando para dados importantes de emprego dos EUA, que serão conhecidos às 9h30min (de Brasília). O payroll é amplamente observado pelo Fed e pode determinar se o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) aumentará as taxas de juros na próxima reunião de polícia monetária, marcada para os dias 20 e 21 de setembro, ou mais para o final do ano, movimento que é mais projetado pelo mercado.

As autoridades do Fed têm dito repetidamente que a decisão de elevar os juros é totalmente dependente de dados econômicos, mas na semana passada, a presidente do Fed, Janet Yellen, disse que estava otimista sobre a saúde da economia e que o argumento para uma alta de juros se fortaleceu recentemente. De acordo com as estimativas de analistas consultados pela Dow Jones Newswires, o número de vagas criadas em agosto deve ser de 180 mil e a taxa de desemprego deve cair de 4,9% para 4,8%.

Entre os destaques, as ações do grupo hoteleiro francês Accor sobem mais de 3% em Paris depois que o Barclays elevou a recomendação da ação. Por outro lado, os papéis do investidor de e-commerce Rocket Internet recuam mais de 9% em Frankfurt depois que a empresa reportou prejuízo de 617 milhões de euros no primeiro semestre. Em Londres, a alta de mais de 1% do petróleo impulsiona as empresas ligadas ao setor.

Entre os indicadores do dia, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu 0,1% em julho ante junho, segundo dados publicados hoje pela agência oficial de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. O resultado veio em linha com a previsão. Na comparação anual, o PPI do bloco teve queda de 2,8% em julho, um pouco menor que o declínio de 2,9% estimado pelo mercado.

Além disso, o Produto Interno Bruto (PIB) da Itália ficou estagnado no segundo trimestre ante os três meses anteriores, mas registrou expansão de 0,8% na comparação anual, segundo dados finais publicados hoje pelo instituto de estatísticas do país, o Istat. O resultado trimestral confirmou a estimativa preliminar, divulgada em meados de agosto. Já a variação anual foi ligeiramente revisada para cima, de alta de 0,7% na leitura original.