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Economia

- Publicada em 01 de Setembro de 2016 às 17:16

IPC-S em 12 meses sobe e tem primeira aceleração desde janeiro

 Movimento e vendas na Feira Modelo Medianeira, na av. Azenha.

Movimento e vendas na Feira Modelo Medianeira, na av. Azenha.


JONATHAN HECKLER/JC
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de agosto, que atingiu 0,32% ante 0,37%, surpreendeu o coordenador do indicador da Fundação Getulio Vargas (FGV), Paulo Picchetti, que estimava algo na faixa de 0,40%. "É uma boa notícia. A classe de despesa de alimentos, que sempre acaba definindo a dinâmica de curto prazo, ficou praticamente estável, mas na abertura do grupo tem histórias diferentes", avaliou o coordenador. Em agosto, o grupo alimentação ficou em 0,69%. Em julho, a taxa foi de 0,39%.
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de agosto, que atingiu 0,32% ante 0,37%, surpreendeu o coordenador do indicador da Fundação Getulio Vargas (FGV), Paulo Picchetti, que estimava algo na faixa de 0,40%. "É uma boa notícia. A classe de despesa de alimentos, que sempre acaba definindo a dinâmica de curto prazo, ficou praticamente estável, mas na abertura do grupo tem histórias diferentes", avaliou o coordenador. Em agosto, o grupo alimentação ficou em 0,69%. Em julho, a taxa foi de 0,39%.
Também surpreendeu a aceleração do IPC-S acumulado em 12 meses até agosto, de 8,48% ante 8,37% em igual período terminado em julho. É a primeira aceleração desde janeiro, quando a inflação acumulou 10,59%. "Acredito que é pontual, pois a taxa de agosto de 2015 foi excepcionalmente baixa (0,22%). Não invalida a clara dinâmica de desaceleração da inflação", afirmou.
Outros componentes reforçam a percepção de alívio do IPC-S, dentre eles a medida de núcleo e o índice de difusão - que mede o quanto a alta de preços está espalhada. O núcleo do IPC-S ficou em 0,47% no mês passado, depois de 0,52%, acumulado em 12 meses 7,93% (ante 8,05%). Já a difusão alcançou 55,59%, sendo a menor desde julho de 2013 (49,71%). "A taxa acumulada em 12 meses do IPC-S pode causar preocupação (no mercado) no sentido de que a previsão para o ano não seja atingida, mas deve ser, sim", disse.
A expectativa para o IPC-S fechado de 2016 segue em 7,30%, na comparação com 10,53% de 2015. Conforme Picchetti, a trajetória de arrefecimento dos preços administrados, que saiu de 30,3% em janeiro deste ano para 11,51% em agosto, explicará boa parte do alívio do IPC-S de 2016. O risco, disse, são os preços dos alimentos, que podem voltar a surpreender para cima, especialmente por causa das frutas que estão avançando.
Já os preços do leite e feijão estão recuando mais de 3% nas pesquisas recentes. Em agosto, o leite longa vida desacelerou para 4,33%, após 8,45% na terceira leitura do mês, enquanto o feijão carioca teve queda de 0,17% ante alta de 4,92% na terceira. Por outro lado, algumas frutas estão avançando. O mamão ficou 44,37% mais caro em agosto e, na ponta, sobe mais de 40%. "Dentro do grupo alimentação, há histórias diferentes, com preço das frutas subindo e hortaliças e legumes podem ajudar a aliviar", reforçou.
Para setembro, a projeção é que o IPC-S feche em 0,30%. Se a taxa for confirmada, o acumulado em 12 meses voltará a desacelerar, para 8,35% ante 8,48% em igual período até agosto. No nono mês de 2015, o índice ficou em 0,42%, em razão de pressão em alimentos e em itens relacionados ao dólar. Segundo Picchetti, a expectativa é de que o câmbio continue mais moderado e ajude a conter o IPC-S. "Difícil não atribuir à estabilidade do câmbio a desaceleração dos preços industrializados e comercializáveis em agosto", disse.
 
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