Sem Douglas, muda tudo

Luan é o melhor do Grêmio, mas o time se vira sem ele. Substituir Douglas, eis uma missão difícil com o atual elenco. Sem os lançamentos e passes precisos do armador, Roger forçosamente terá de mexer na estrutura, o time precisará trocar mais passes, jogar pelos lados, até se aproximar do gol da Ponte. O desafio é de assustar: além de um bom time, a Macaca tem o competente técnico Eduardo Baptista. E o Grêmio, fora de casa, não é o Grêmio. Vai ser uma pedreira, a partir de 21h.

Os colorados não vão conhecer a série B. Não por causa de seu futebol, mas porque há times ainda piores rondando a Z-4. Contra o Santos, o Inter teve mais uma arbitragem simpática; já a derrota para o Atlético-PR passa por uma raríssima falha de Danilo Fernandes e por um pênalti não assinalado contra os paranaenses. Amanhã, dois meses depois de deixar o Inter, Argel volta ao Beira-Rio com o Vitória. São três pontos obrigatórios, mas o adversário tem potencial para incomodar, ainda mais com Argel a bordo.

Há quem veja como candidatos ao título somente Palmeiras e Flamengo, que dizem hoje quem está melhor, embora o empate seja minha aposta. Não descarto o Atlético-MG e seu poderoso elenco - os 4 a 2 contra o Flu foram acidentais -, e considero ainda que, em meio à mediocridade do Brasileirão, algum outro possa emergir das redondezas do G-4 e alçar-se à disputa. Assim como fez o Flamengo, desde que o meia Diego chegou - e arrumou o time. Esta rodada e a próxima podem afastar de vez ou trazer de volta Corinthians, Santos e Grêmio. Nos demais, não acredito.

Sabem quantas cobranças de falta foram convertidas após 240 jogos deste Brasileirão? Apenas 12! Quem viu Zico, Rivelino, Neto, Zenon, Dicá, Ailton Lira, Marcelinho Carioca, Nelinho, Tadeu Ricci e Valdomiro (esqueci algum?) não compreende o aproveitamento ridículo dos cobradores de hoje. Meu depoimento: enquanto joguei, não havia caras com quase dois metros de altura na barreira, os que ficavam nela não saltavam e, se algum defensor se deitasse por trás dela, ouviria gargalhadas de toda a torcida. Seria isso ou falta treino?

Competindo contra sobreviventes da guerra da Bósnia e de outros conflitos, atletas brasileiros paralímpicos são exemplos para o mundo. Muitos deles sobreviveram à nossa guerra - a do trânsito.

Cresce o número de influentes conselheiros gremistas que se declaram independentes, unem-se para renovar o conselho e, em curto prazo, eleger Danrlei presidente do clube.

Ainda há quem considere chata a atual fórmula do Brasileirão... Ontem, a torcida do Flamengo ocupou a região do aeroporto apenas para se despedir do time, que hoje encara o Palmeiras.

E os cariocas? Há poucas semanas, todos namoravam a Z-4, hoje habitam a parte alta da tabela, com chances de Libertadores e até de título, no caso do Flamengo.