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Porto Alegre, domingo, 02 de outubro de 2016. Atualizado �s 19h48.

Jornal do Com�rcio

Panorama

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M�SICA

Not�cia da edi��o impressa de 03/10/2016. Alterada em 30/09 �s 17h10min

Cantora C�u apresenta seu novo �lbum em Porto Alegre

Artista apresenta show do disco Tropix no s�bado, em Porto Alegre

Artista apresenta show do disco Tropix no s�bado, em Porto Alegre


LUIZ GARRIDO/DIVULGA��O/JC
Ricardo Gruner
A cantora e compositora Céu está "felizona", conforme as palavras da própria. Nas últimas semanas, foi indicada ao Grammy Latino e teve seu nome anunciado entre as atrações do festival Lollapalooza Brasil 2017. O carro-chefe por trás das novidades é o disco Tropix, o quarto da paulista. Com shows já realizados por diferentes partes do País e também na Europa, o espetáculo baseado no registro chega a Porto Alegre no fim de semana.
A apresentação ocorre sábado, a partir das 20h, no Opinião (José do Patrocínio, 834). Ingressos podem ser adquiridos antecipadamente por valores entre R$ 50,00 e R$ 140,00 - através do site www.minhaentrada.com.br ou nas lojas Youcom.
Lançado em 2016, o novo álbum representa uma certa virada na carreira de Céu. Expoente da MPB contemporânea, desta vez ela se dedica a batidas eletrônicas, teclados e sintetizadores - mas sem deixar de lado o seu modo de escrever, pensar melodias e projetar a voz. Tropix, conforme a idealizadora, representa o pixel nos trópicos: "É a junção de sons mais sintéticos com minha maneira de compor, que é mais brasileira. É um universo frio para um mundo quente. Eu estava querendo falar sobre isso", explica a artista.
A fim de colocar essa ideia em prática, a cantora enfim realizou um sonho que mantinha desde o primeiro álbum, CéU (2005): trabalhar com os mesmos músicos ao longo de todo o disco. "Acho que o desejo passa por esse meu lugar de querer ser banda, ou de ter banda. Sempre fui um pouco assim", revela a cantora, que contou com dois produtores no álbum: Pupilo, responsável pelos ritmos da Nação Zumbi, e o francês Hervé Salters, quem ela define como "um monstro dos teclados e sintetizadores".
Como resultado, os versos sobre um amor pixelado, na faixa homônima, a menção a uma "noite neon" em Varanda suspensa e o mundo de possibilidades de Minhas Bics dialogam com a ideia futurista frequentemente associada aos beats e texturas das últimas décadas do século.
Das 12 faixas do disco, só duas não incluem o nome de Céu como compositora: Chico Buarque song, da banda Fellini, e a A nave vai, de Jorge Dü Peixe. "É muito engraçado isso. Só agora as pessoas entenderam que eu componho praticamente todas as músicas", afirma ela, adepta tanto do piano quanto do software Garage Band ou do registro de melodias em um gravador. Até então, segundo a paulista, as pessoas a viam como intérprete. "Acho que tem um pouco uma questão sexista", lamenta.
Outro tópico que integra essa discussão é o fato de a artista nem se considerar uma "super-cantora". "Esse perfil de crooner nunca foi comigo, sempre fui mais 'cool', de cantar minhas próprias coisas", aponta ela, ressaltando que também está ganhando estrada. No encerramento das Paralimpíadas, por exemplo, participou entoando clássicos da música popular brasileira. "Foi delicioso... Mas, a partir do momento em que eu vi que escrevia e botava a mão na massa nos timbres e produção, já fiquei mais por esse lado (do que no de intérprete)."
O repertório do show em Porto Alegre priorizará o novo disco, cujo single Perfume invisível integra a trilha sonora da novela Velho Chico. Também devem aparecer canções dos trabalhos anteriores - algumas delas adaptadas à roupagem de Tropix, como Cangote, do álbum Vagarosa (2009).
Já para o ano que vem, a ideia é seguir levando o espetáculo para mais praças. E talvez com o primeiro Grammy Latino na bagagem: o disco concorre como melhor álbum contemporâneo em português. As premiações - às quais Céu já concorreu por três vezes - ocorrem no dia 17 de novembro. Seja qual for o resultado, a cantora garante a satisfação com a repercussão do disco até agora: "Está muito especial", comemora. "E é um neném ainda, não tem seis meses. Há muitos lugares para chegar e muito som para rolar. Fico muito atenta para tocar em cidades fora do eixo e das capitais", idealiza ela.
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