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JC Logística

- Publicada em 14 de Setembro de 2016 às 22:00

Se não vender distribuidoras, ministro pretende liquidá-las

Teste será com a Celg, que fracassou na primeira tentativa de leilão

Teste será com a Celg, que fracassou na primeira tentativa de leilão


MARCOS SOUZA/FOLHAPRESS/JC
O ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, afirmou que se as seis distribuidoras de energia elétrica que o governo tentará privatizar em 2017 não tiverem interessados, elas serão liquidadas. As companhias abastecem os estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Piauí e Alagoas, e estavam sob o poder da Eletrobras, holding estatal do setor elétrico. Mas a empresa devolveu as concessões para a União. Elas estavam com prejuízo acumulado de R$ 1,6 bilhão até o meio deste ano.
O ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, afirmou que se as seis distribuidoras de energia elétrica que o governo tentará privatizar em 2017 não tiverem interessados, elas serão liquidadas. As companhias abastecem os estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Piauí e Alagoas, e estavam sob o poder da Eletrobras, holding estatal do setor elétrico. Mas a empresa devolveu as concessões para a União. Elas estavam com prejuízo acumulado de R$ 1,6 bilhão até o meio deste ano.
Na reunião do PPI (Programa de Parcerias para Investimentos) realizada no dia 13, o governo federal autorizou a venda dessas seis concessionárias, com previsão que o leilão seja realizado no segundo semestre do próximo ano. "Se não privatizar, vão ser liquidadas", garantiu o ministro em encontro com jornalistas no dia seguinte ao lançamento do PPI. "Mas nem quero pensar nisso. Vamos vender."
Essas companhias de distribuição são um problema antigo para o governo que colocou a Eletrobras para assumir o trabalho na década passada. Elas deram grande prejuízo à estatal, principalmente por causa da inadimplência. Se vender as empresas, uma companhia privada ou estatal vai se obrigar a fornecer a energia a residências e empresas nessas regiões. Se forem liquidadas, o governo terá que pagar a uma outra empresa para fazer o abastecimento. Não há possibilidade de não haver abastecimento nas cidades atendidas por elas.
Segundo Fernando Filho, o governo está utilizando alguns recursos de um fundo do setor elétrico para tentar resolver alguns dos problemas e tornar a concessão mais atrativa, mas os futuros vencedores terão que indenizar o governo por esses gastos. O primeiro teste do governo nesse setor será a venda da Celg (Companhia de Eletricidade de Goiás).
Um leilão marcado dois meses atrás não teve interessados, mesmo a companhia estando em situação bem melhor do que as outras seis. O governo remarcou a concorrência para novembro. Para tentar atrair empresas, reduziu de R$ 2,8 bilhões para R$ 1,8 bilhão o preço mínimo da Celg.
Sobre possíveis outras concessões no setor, o ministro afirmou que a Eletrobras deve terminar até outubro um plano de longo prazo da empresa e que nele estão sendo discutidas a venda de participações acionárias que a empresa tem em vários negócios diferentes.
Os ativos que, segundo ele, teriam maior facilidade para serem vendidos são as empresas do setor eólico e de transmissão, que têm projetos já consolidados. Mas não estão descartadas a venda de participações em grandes projetos hidrelétricos como os de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio, por exemplo.
"Não vou dizer nunca (em relação à venda). Mas agora não estamos trabalhando nisso", afirmou o ministro. "Mas a realidade é que precisamos de dinheiro. De 110 projetos da Chesf, 100 estão parados por falta de dinheiro." Segundo ele, todos os projetos em que a Eletrobras entrou nos últimos anos tinham baixa atratividade (taxas de retorno de até 6%) e que a intenção do governo é acabar com esse tipo de negócio.
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