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JC Logística

- Publicada em 14 de Setembro de 2016 às 21:36

Polêmica na Codesp pode afetar expansão da VLI

Previsto para 2017, projeto eleva capacidade do terminal de Santos de 2,5 para 15 milhões de toneladas

Previsto para 2017, projeto eleva capacidade do terminal de Santos de 2,5 para 15 milhões de toneladas


JORGE ARAÚJO/FOLHAPRESS/JC
A falta de consenso entre a diretoria da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o porto de Santos, o maior da América Latina, pode atrasar as obras de expansão da VLI, empresa de logística que tem a mineradora Vale (37,6%), a gestora canadense Brookfield (26,5%) e a japonesa Mitsui (20%) como principais acionistas.
A falta de consenso entre a diretoria da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o porto de Santos, o maior da América Latina, pode atrasar as obras de expansão da VLI, empresa de logística que tem a mineradora Vale (37,6%), a gestora canadense Brookfield (26,5%) e a japonesa Mitsui (20%) como principais acionistas.
Na semana passada, uma parte da diretoria da Codesp analisou um relatório de técnicos da estatal que poderá aprovar ou não o prosseguimento das obras de dragagem para expansão do terminal da VLI, informou uma fonte próxima ao assunto. A decisão sobre o assunto deve ser anunciada na sexta-feira, afirmou essa fonte.
O impasse ganhou força no início do mês, quando os diretores da Codesp discordaram da posição do presidente da estatal, Alex Oliva, de liberar definitivamente as obras de dragagem da VLI, que está investindo cerca de R$ 3 bilhões para ampliar sua presença no porto paulista.
A polêmica, segundo fontes, é que, para fazer as obras de dragagem - necessárias para o terminal portuário receber navios de maior porte -, seria necessário escavar uma grande quantidade de lama, que poderia estar contaminada com material tóxico, na região de Cubatão (litoral paulista), e transportar para uma área cedida pela Codesp, que fica em alto-mar e a cerca de 40 quilômetros dessa região.
Parte da diretoria pediu mais estudos de viabilidade de risco, mas o presidente da Codesp teria autorizado a continuidade das obras. Procurado, Alex Oliva afirmou que houve um "mal entendido". Segundo ele, as discussões sobre as obras de expansão da VLI ocorrem há pelo menos dois anos.
Em julho, a Codesp deu uma pré-autorização para o início das obras de dragagem. "A expectativa era de que a homologação se tornasse definitiva." Oliva afirmou que uma parte dos diretores pediu mais prazo para aprovar as obras para dragagem. "Essas discussões ocorrem há muito tempo, e a VLI contratou uma empresa que está acompanhando todo esse processo, que não é nocivo ao meio ambiente", disse.
Nesta semana, segundo o presidente da Codesp, a diretoria vai reavaliar se as obras podem continuar ou não. "Mas as obras não estão paradas", ressaltou Oliva. Uma fonte próxima aos outros diretores afirma que o objetivo não é barrar a expansão da VLI, mas tomar medidas mais cautelosas. Procurada, a VLI decidiu não comentar a discussão envolvendo a polêmica da Codesp.
As obras de ampliação do Tiplam (Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita) é uma das maiores em curso no segmento portuário privado brasileiro e permitirá que o porto amplie seus volumes de escoamento dos produtos movimentados (fertilizantes, enxofre e amônia) e passe também a exportar grãos e açúcar.
A conclusão das obras está prevista para 2017. O volume de produtos movimentados saltará dos atuais 2,5 milhões de toneladas anuais para 15 milhões. As obras de dragagem do canal de Piaçaguera começaram em 2013, e atualmente têm cerca de 90% dos trabalhos concluídos, segundo a empresa.
O projeto de expansão do Tiplam obteve autorização dos órgãos competentes, como Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) e Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) e foi chancelado como prioritário pela Secretaria de Portos (SEP). A VLI afirma que obteve, em julho, a anuência prévia da Codesp para começar as obras de dragagem.
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