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JC Contabilidade

- Publicada em 13 de Setembro de 2016 às 15:11

Por que o contador está mais valorizado, mas também mais pressionado?

Diogo Chamun, presidente do Sescon-RS

Diogo Chamun, presidente do Sescon-RS


MARCO QUINTANA/JC
A atuação do contador, que já foi chamado de "Guarda Livros" e que já teve na essência da sua rotina o mero atendimento das obrigações fiscais, hoje vem ganhando mais espaço na gestão das empresas, e por consequência, tem seu trabalho cada vez mais reconhecido. É bem verdade que isso tem um custo, a constante necessidade de atualização, tanto da legislação quanto de tecnologia e conhecimento do negócio.
A atuação do contador, que já foi chamado de "Guarda Livros" e que já teve na essência da sua rotina o mero atendimento das obrigações fiscais, hoje vem ganhando mais espaço na gestão das empresas, e por consequência, tem seu trabalho cada vez mais reconhecido. É bem verdade que isso tem um custo, a constante necessidade de atualização, tanto da legislação quanto de tecnologia e conhecimento do negócio.
No entanto, a vida do profissional contábil não é só glamour e reconhecimento. Ele é bastante pressionado, não só por essa "louca" legislação tributária que vige no Brasil, carregada de detalhes, alterações, redundâncias, prazos e penalidades. A pressão vem também de uma aliada, que é a tecnologia. A mesma que revolucionou a prestação de serviços, facilitando e otimizando os processos da rotina contábil, trouxe uma exagerada cobrança pela impressionante evolução e qualidade da atuação da Receita Federal, que principalmente com o projeto SPED, coloca a assessoria contábil numa exposição nunca vista, trabalhando com margem de erro que se aproxima de zero.
Mas vamos deixar um pouco as conhecidas atribuições e preocupações (EFDs, ECF, e-Financeira, EFD Reinf, e-Social, Bloco K etc.), para registrar nossa importância para sociedade. Afinal, somos grandes conhecedores da economia, formadores de opinião e temos na história grandes líderes. Lideramos entidades representativas e com protagonismo em grandes conquistas. Podemos citar, por exemplo, que somos a única categoria das profissões regulamentadas a ingressar no anexo III do Simples Nacional em 2009. Aqui no Estado, levamos palestras de conscientização aos empresários de temas como e-Social, Bloco K e e-Financeira, que nos preocupam, mas que dependem da mudança de cultura das empresas. Não podemos deixar de mencionar as bandeiras levantadas por nós, em temas de extrema relevância para a economia do Brasil. Como a terceirização do trabalho e a alteração do Simples Nacional, que em ambas estavam com a "propaganda" descolada da realidade e nós denunciamos (e continuamos denunciando).
Pegando esses dois exemplos, cabe ressaltar que na questão envolvendo a terceirização, as assessorias contábeis não deveriam ser incluídas. A atividade empresarial do meio contábil já é totalmente sedimentada e segura, tanto para o contratante do serviço, quanto para a contratada. Mexer nessa legislação vai burocratizar e, possivelmente, tirar o foco de atuação das organizações contábeis.
Já quanto ao Simples Nacional, a mudança na forma do cálculo é positiva. No entanto, muito menos importante do que o reajuste das faixas de enquadramento e do limite, ao menos pelos índices da inflação, que trazem consequências extremamente prejudiciais ao desenvolvimento de nossa economia. Nós, enquanto contadores, precisamos alertar a sociedade sobre isso.
Por fim, precisamos estar conscientes da nossa importância e buscar sempre a capacitação. E essa conscientização deve ser estimulada desde a sala de aula, nas Universidades. Nossos jovens têm que entender que é necessário ir além do conhecimento técnico. O contador também é empreendedor! Tem o dom de ver a gestão da empresa onde atua, seja como funcionário, dono do próprio empreendimento ou também como consultor do negócio de seu cliente.
Nosso caminho é desafiador, mas também muito gratificante, já que do resultado da nossa atuação depende o sucesso das empresas, ou melhor, da economia, do Brasil. Parabéns colegas contadores!
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