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Política

- Publicada em 30 de Agosto de 2016 às 17:35

Durante pronunciamento de senadores, Anastasia diz que ninguém pode ter privilégio

Senador Antonio Anastasia discursou na tribuna, durante julgamento de Dilma

Senador Antonio Anastasia discursou na tribuna, durante julgamento de Dilma


Geraldo Magela/Agência Senado/JC
Agência Brasil
O quinto dia de julgamento da presidenta Dilma Rousseff segue nesta tarde com discurso final dos senadores. Na retomada da sessão após o almoço, 66 dos 81 parlamentares já haviam se inscrito para falar. Cada um tem 10 minutos, por isso, a sessão deve se estender até a noite.
O quinto dia de julgamento da presidenta Dilma Rousseff segue nesta tarde com discurso final dos senadores. Na retomada da sessão após o almoço, 66 dos 81 parlamentares já haviam se inscrito para falar. Cada um tem 10 minutos, por isso, a sessão deve se estender até a noite.
Relator do processo na Comissão Especial do Impeachment, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) fez um discurso técnico e citou normas e artigos para defender argumentos pró-impeachment, os mesmos aprovados pela maioria dos senadores e que motivou o prosseguimento do processo até esta fase final.
"A compatibilidade com a meta [fiscal] não ocorreu. A meta é anual, mas ela precisa ser verificada bimestralmente e não podemos dar privilégio a ninguém", declarou Anastasia.
"Houve um precedente em 2001 e outro em 2009. Em 2001, a vigência era de medidas provisórias, havia a vigência de medidas provisórias, situação bem diferente. Em 2009, o TCU expressamente diz que esse fato não foi objeto de análise do tribunal. O próprio TCU dizendo que não houve mudança de entendimento", disse, ao relembrar medidas adotadas no governo de Fernando Henrique Cardoso.
Já em defesa do mandato de Dilma, o senador Jorge Viana (PT-AC) destacou que a presidenta afastada já comprovou ontem (29) "com brilhantismo e transparência", quando esteve no Senado respondendo a perguntas de senadores, que não é culpada. "Somos um tribunal que vai julgar uma brasileira que emprestou sua vida, pôs risco nela, para servir à democracia", afirmou.
"Como a história vai dizer do que Dilma foi acusada? Qual foi a bala de prata do impeachment? Aquele juiz de quinta categoria [Gilmar Mendes] que impediu Dilma de nomear Lula? Não cometam injustiça com a senhora presidente", pediu Viana.
A sessão seria retomada no início da tarde com a réplica da advogada de acusação Janaína Paschoal às argumentações apresentadas por José Eduardo Cardozo, advogado de defesa. Mas, em uma estratégia para dar celeridade aos trabalhos, a advogada abriu mão do tempo de uma hora. Com isso, Cardozo não teve direito a tréplica, pelo mesmo período.
Mesmo com esta decisão, a votação final do impeachment de Dilma deverá ocorrer apenas amanhã (31). Com a lista de inscritos, a previsão é que a sessão se estenda por mais 15 horas. Se isto ocorrer, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que comanda o julgamento, sem poder ser substituído, deve suspender os trabalhos.
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