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Política

- Publicada em 27 de Agosto de 2016 às 22:51

Ricardo Lodi: "não é qualquer violação à lei que pode virar crime de responsabilidade"

Ricardo Lodi depôs na condição de informante neste sábado no Senado

Ricardo Lodi depôs na condição de informante neste sábado no Senado


Marcelo Camargo/Agência Brasil/JC
O professor de Direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) Ricardo Lodi afirmou neste sábado (27) que não é qualquer violação à lei de orçamento que pode virar crime de responsabilidade. Ele foi ouvido apenas como informante no Senado, no julgamento do impeachment da presidente Dilma, por ter atuado como perito e advogado de Dilma Rousseff junto ao TCU. Lodi afirmou que a "analogia entre atrasos e operações de crédito foi uma construção criada depois dos fatos serem supostamente praticados". Seu depoimento encerrou a fase de testemunhas.
O professor de Direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) Ricardo Lodi afirmou neste sábado (27) que não é qualquer violação à lei de orçamento que pode virar crime de responsabilidade. Ele foi ouvido apenas como informante no Senado, no julgamento do impeachment da presidente Dilma, por ter atuado como perito e advogado de Dilma Rousseff junto ao TCU. Lodi afirmou que a "analogia entre atrasos e operações de crédito foi uma construção criada depois dos fatos serem supostamente praticados". Seu depoimento encerrou a fase de testemunhas.
"A mudança que houve sobre a questão da compatibilidade entre os decretos de crédito suplementar e a meta fiscal foi a criação de direito novo, não por alteração da letra da lei, mas por alteração da interpretação", disse. "A Constituição e a lei de impeachment falam de atentado à Constituição. A partir do acórdão do TCU, de outubro de 2015, é que essa interpretação é alterada com fator retroativo, para atingir a fatos já praticados", disse. Ele avaliou a decisão do TCU como uma "inovação no direito orçamentário", que só poderia ser aplicada em casos futuros.
A acusação protestou contra a oitiva de Lodi. O senador Ricardo Ferraço (PSDB) disse que, como Lodi advoga para Dilma Rousseff e se expressa nas redes sociais com parcialidade em relação ao processo, seu depoimento é "patético". "Mais do que um advogado, estamos aqui diante de um militante", comentou. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, reiterou que Lodi presta esclarecimentos como colaborador. Poucos governistas se inscreveram para questionar a testemunha.
O processo de impeachment prosseguirá na segunda-feira (27), em sessão que terá a participação da presidente Dilma Rousseff, que irá apresentar a sua defesa e responderá às perguntas dos senadores.
Com reportagem do Estadão Conteúdo e da Agência Brasil
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