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Política

- Publicada em 25 de Agosto de 2016 às 14:41

Questões de ordem e bate-boca marcam 1ª parte de sessão do impeachment

Lewandowski negou todos os 10 questionamentos apresentados por aliados de Dilma

Lewandowski negou todos os 10 questionamentos apresentados por aliados de Dilma


Pedro França/ Agência Senado/JC
Agência Estado
A primeira manhã do julgamento final do impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, foi dedicada a discutir questões de ordem apresentadas pelos senadores e marcada por bate-boca entre parlamentares. A sessão durou pouco mais de três horas e meia e teve de ser interrompida por alguns minutos depois que parlamentares trocaram xingamentos em plenário.
A primeira manhã do julgamento final do impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, foi dedicada a discutir questões de ordem apresentadas pelos senadores e marcada por bate-boca entre parlamentares. A sessão durou pouco mais de três horas e meia e teve de ser interrompida por alguns minutos depois que parlamentares trocaram xingamentos em plenário.
Responsável por conduzir a sessão, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, negou todos os 10 questionamentos apresentados por aliados de Dilma, o máximo que poderiam apresentar. Eles apresentaram argumentos para tentar suspender o julgamento, arquivar a denúncia que embasa o pedido de impeachment e suspender o depoimento de uma testemunha de acusação.
A cada questão colocada, aliados do presidente em exercício, Michel Temer, acusavam os parlamentares contrários ao impeachment de "chicana" e tentativa de "procrastinação". Os senadores da base do peemedebista querem encerrar o julgamento o mais rápido possível, para que Temer possa viajar para a reunião do G-20 na China já como presidente efetivo. A reunião ocorre no início de setembro.
O momento mais tenso desta manhã ocorreu depois de a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) acusar os pares de não terem "moral" para julgar a presidente afastada. A crítica causou reação e fez o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) disparar contra o marido de Gleisi, o ex-ministro Paulo Bernardo, que chegou a ser preso em uma operação da Polícia Federal. "Eu exijo respeito. Eu não sou assaltante de aposentado", disse.
Senadores do PT reagiram, chamaram o democrata de "canalha" e pediram respeito ao PT. Durante o bate-boca, Caiado chegou a dizer para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) fazer exame "antidoping" e não ficar "cheirando". Após o fim do bate-boca, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) pediu "serenidade" aos colegas para que o julgamento pudesse continuar. Senadores ainda protestaram contra o tom usado por Gleisi.
Após o intervalo para o almoço, o presidente da Corte vai abre a fase de depoimento das testemunhas. As primeiras a falar serão as duas testemunhas de acusação. São elas: Júlio Marcelo de Oliveira, procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), e Antonio Carlos Costa D'Ávila Carvalho Junior, auditor federal de Controle Externo do TCU.
Acompanhe a sessão ao vivo:
Em seguida, serão ouvidas as seis testemunhas de defesa. A expectativa é que pelo menos duas delas, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo e o consultor jurídico Geraldo Mascarenhas, sejam ouvidas ainda nesta quinta-feira. As outras serão ouvidas nesta sexta-feira, 26, e durante o fim de semana. Na próxima segunda-feira, 29, será a vez de Dilma depor pessoalmente no plenário do Senado. A previsão é de que o julgamento final só termine na próxima quarta-feira, 31 de agosto.
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