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eleições 2016

- Publicada em 13 de Setembro de 2016 às 22:34

Para Alexis Efremides, do PSL, falta liberdade

Alexis Efremides compõe a chapa do candidato Fábio Ostermann

Alexis Efremides compõe a chapa do candidato Fábio Ostermann


MARCO QUINTANA/JC
O candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Fábio Ostermann (PSL), Alexis Efremides (PSL), acredita que falta liberdade econômica no Brasil. Por isso, propõe um governo municipal baseado nas ideias liberais para "modificar um País extremamente estadista e fechado às liberdades".
O candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Fábio Ostermann (PSL), Alexis Efremides (PSL), acredita que falta liberdade econômica no Brasil. Por isso, propõe um governo municipal baseado nas ideias liberais para "modificar um País extremamente estadista e fechado às liberdades".
"Tudo que depende de alguma licença do Estado é difícil, principalmente para o pequeno e médio empreendedor. É difícil, por exemplo, conseguir uma licença para vender pipoca na Redenção (Parque Farroupilha)", exemplifica Efremides.
Ele também cita o caso do aplicativo Uber. "Fico chocado com o fechamento do mercado (de transporte de passageiros) apenas para uma categoria de profissionais, impedindo outros de trabalhar livremente. Ou seja, em um momento de recessão como o que vivemos, um cidadão desempregado, que quer usar seu carro para produzir renda para sustentar a família, é simplesmente proibido pela municipalidade", aponta.
Efremides começou a estudar os autores do liberalismo desde a adolescência. "O primeiro livro que li sobre as ideias liberais foi 'O que é o liberalismo?', de um autor chamado Donald Stewart Junior. Essa obra me marcou muito, porque abriu a minha cabeça para as ideias de liberdade econômica", relembra.
Alexis Oleksiuk Efremides nasceu em Porto Alegre em 5 de outubro de 1963. Tem orgulho de ser filho de imigrantes da Grécia e Ucrânia, pois acredita que "os imigrantes têm muita vontade de empreender nos lugares onde chegam".
Morou com a família no bairro São Geraldo durante a maior parte da infância. Por isso, estudou durante o ensino básico em várias escolas da região, como o Colégio Santo Inácio e Santa Paz. Depois a família se mudou para o Centro e ele fez o ensino médio no Instituto Piratini e no Colégio Rosário. 
Aos 15 anos, entrou precocemente no curso de Engenharia Civil, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Concluiu a faculdade em 1985.
Depois, fez ainda uma pós-graduação na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde se especializou na área de análise estrutural. Trabalhou a vida toda na área da construção civil. Foi sócio de algumas empresas do ramo, até montar o seu próprio escritório. Também foi presidente da Sociedade Helênica de Porto Alegre nos anos de 2003 e 2004.
Ao longo de 2015 e 2016, participou das manifestações que pediam o impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT). Mas não militava em nenhum dos grupos que organizaram os protestos, como o Movimento Brasil Livre (MBL) - do qual Ostermann foi um dos coordenadores. Efremides se filiou ao PSL em março de 2016.
Hoje, reside no bairro Mont Serrat. Entre os locais públicos que usufrui para o lazer estão o Parcão e a Redenção, onde costuma praticar corridas, depois do trabalho.
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O que fará como vice-prefeito

Caso a chapa majoritária que compõe com Fábio Ostermann (PSL) ganhe a eleição em Porto Alegre, o candidato a vice-prefeito pelo PSL, Alexis Efremides, acredita que pode atuar em duas frentes: em algum órgão do Executivo ligado à construção civil e na articulação política junto à Câmara Municipal.
"Temos o projeto de diminuir drasticamente os 36 órgãos com características de secretarias para apenas seis. Entre as secretarias que teríamos está a de Urbanismo e Mobilidade. Certamente poderia dar a minha contribuição nessa pasta por conta da minha formação", falou - acrescentando que "não existe nenhuma determinação do PSL que impeça o vice de ser secretário, apesar de não termos conversado sobre isso".
Efremides justifica a redução de secretarias como uma "maneira de baratear a máquina pública, tornando ela mais eficiente". Além disso, criticou o uso de cargos público para acomodar aliados políticos no governo.
"Hoje, as vagas (em cargos da administração pública) constituem uma moeda de troca nas coligações partidárias. São usadas como uma maneira de conseguir apoiadores, que acabam ficando com um naco do Estado", analisou.
Em vez disso, ao buscar apoio político no Legislativo, o candidato a vice-prefeito se propõe a buscar pessoas com ideias liberais dentro de cada partido. "A atuação de organizações da sociedade civil, como o Movimento Brasil Livre e o Vem pra Rua, despertou vontade política em muitas pessoas, que estão concorrendo em partidos vinculados a governo preexistentes. São pessoas inovadoras, com o espírito liberal, em diversas legendas. Isso deve facilitar uma eventual composição com outras siglas", projetou.
Efremides defende ainda que a prefeitura mude radicalmente a sua atuação em três pontos. Em primeiro lugar, ele acredita que "o município deve compensar a falta de segurança que o governo estadual (de quem é essa competência, conforme a Constituição) não está fornecendo". Em segundo, pensa que a Carris deve ser privatizada. E, por último, sugere que a Procempa também seja vendida ao setor privado, ou reorganizada radicalmente.