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Política

- Publicada em 22 de Agosto de 2016 às 10:16

'Deveremos ter entre 60 e 63 votos a favor do impeachment', diz Eliseu Padilha

Pela sua previsão, Temer deverá contar com ampla maioria para continuar no comando do País

Pela sua previsão, Temer deverá contar com ampla maioria para continuar no comando do País


MARCELO CAMARGO/ABR/JC
Agência Estado
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou em entrevista à Rádio Estadão a expectativa do governo interino de Michel Temer (PMDB) com a votação final do processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff (PT) no Senado. "Deveremos ter entre 60 e 63 votos a favor do impeachment", disse o ministro, emendando: "Sendo conservador, deveremos ter 61 votos."
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou em entrevista à Rádio Estadão a expectativa do governo interino de Michel Temer (PMDB) com a votação final do processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff (PT) no Senado. "Deveremos ter entre 60 e 63 votos a favor do impeachment", disse o ministro, emendando: "Sendo conservador, deveremos ter 61 votos."
Apesar da previsão, Padilha disse que o governo respeita a independência dos poderes e que o impeachment é questão do Senado. Mas, pela sua previsão, Michel Temer deverá contar com ampla maioria para continuar no comando do País.
Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, ao tornar-se definitivo, o governo Temer será ainda mais objetivo para executar as ações necessárias para recolocar o País na rota do crescimento. "Governo enquanto interino deixa interrogações, é natural", afirmou. "Com governo definitivo, teremos de conter a expansão da dívida pública e reformar o nosso sistema previdenciário", disse.
Ele também fez um balanço dos jogos olímpicos no Rio de Janeiro. Na sua avaliação, o balanço das olimpíadas é "altamente positivo". "Fizemos muito com pouco dinheiro (e mostramos) que o brasileiro é responsável e acolhedor", afirmou.
Padilha justificou a ausência do presidente da República em exercício, Michel Temer, na cerimônia de encerramento ontem à noite afirmando que situação semelhante aconteceu nos jogos de Londres e Pequim. "Ele (Temer) apenas seguiu o protocolo."
Ao falar do balanço que considera positivo, o ministro disse que os jogos apresentaram índice de segurança próximo de 90% e nos aeroportos, a pontualidade foi de mais de 95%. E repetiu: "Fizemos muito com pouco dinheiro."
O ministro também afirmou que os jogos olímpicos permitiram mostrar ao mundo que o Brasil tem capacidade de atrair investimento estrangeiro com segurança jurídica. E argumentou que o governo tem trabalhado para mostrar que pode-se investir no Brasil com segurança jurídica.
O ministro-chefe da Casa Civil declarou que "já está descartado aumento de impostos com este novo orçamento". Afirmou que a reforma da Previdência é absolutamente necessária. E argumentou que todo dinheiro do orçamento será pouco para aposentadorias, se não tiver uma reforma na previdência pública. "Além de estancar a dívida, temos de reformar nosso sistema previdenciário", afirmou.
"O governo vai mostrar que se não alterar o sistema previdenciário, não haverá dinheiro para bancar (as aposentadorias)", afirmou. O ministro garantiu, entretanto, que quem já tiver "direito adquirido" não precisa se preocupar, porque o governo levará em conta um período de transição. "Respeitaremos (esse período)", frisou.
Padilha destacou que o governo está trabalhando com a idade mínima de 65 anos e que essa alteração será implementada mediante um período de transição. "O Brasil envelheceu e não criou riqueza para "manter os idosos com dignidade".
O peemedebista afirmou ainda que o governo tem como objetivo tornar sustentável o sistema previdenciário. Segundo ele, a reforma da previdência faz parte do ajuste nas contas públicas e na trajetória da dívida.
Padilha disse também na entrevista à Rádio Estadão que o governo acompanha o julgamento do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), da mesma forma que observa o de Dilma Rousseff (PT). A votação final do processo de impeachment da petista começa no dia 25 de agosto.
Ele comentou que, assim como a votação do processo de Dilma, o julgamento de Cunha também é uma questão do Legislativo. "O partido (PMDB) não pode ser responsável por Cunha", afirmou o ministro, destacando que o ideal seria que ele pudesse comprovar que as denúncias contra ele não se sustentam.
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