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Política

- Publicada em 18 de Agosto de 2016 às 19:29

Gestão e segurança dominam segundo debate de candidatos a prefeito em Porto Alegre

Oito candidatos à prefeitura de Porto Alegre se confrontaram pela segunda vez na campanha

Oito candidatos à prefeitura de Porto Alegre se confrontaram pela segunda vez na campanha


Guilli Bolfoni/Especial/JC
Medidas na segurança para vencer o aumento da violência e mudanças na estrutura de gestão da prefeitura, principalmente o tamanho da máquina e a condução de obras, foram temas que dominaram o segundo debate entre candidatos a prefeito em Porto Alegre.
Medidas na segurança para vencer o aumento da violência e mudanças na estrutura de gestão da prefeitura, principalmente o tamanho da máquina e a condução de obras, foram temas que dominaram o segundo debate entre candidatos a prefeito em Porto Alegre.
O confronto foi promovido pela Rádio Guaíba, Correio do Povo e Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Estado do Rio Grande do Sul (Sescon-RS), na sede da entidade, na tarde desta quinta-feira (18). O candidato do PV, Marcello Chiodo, que entrou na disputa no final e não chegou a assinar a tempo as regras do debate, não participou do debate.
Foram quatro blocos, maior parte deles com perguntas sorteadas entre os temas pré-definidos pelos organizadores sobre as propostas para desenvolvimento, funcionalismo, segurança, saúde, infraestrutura, mobilidade, educação, cultura e sustentabilidade. O confronto entre Fábio Osterman (PSL), João Carlos Rodrigues (PMN), Júlio Flores (PSTU), Luciana Genro (PSOL), Maurício Dziedricki (PTB), Nelson Marchezan Jr. (PSDB), Raul Pont (PT) e Sebastião Melo (PMDB) durou três horas.  
Os candidatos mostraram que pretendem, caso eleitos, agir para ampliar a presença do município na segurança. Ampliar a Guarda Municipal é uma das medidas. A constatação de opositores da atual gestão é que precisa integrar os órgãos locais aos estaduais.
"A situação da segurança pública é dramática e temos na cidade o menor efetivo da Brigada Militar (BM) em 33 anos, além da prefeitura reduzir gastos", disse Luciana, cobrando preenchimento de 200 cargos vagos da Guarda Municipal e lançando a criação de patrulhas comunitárias.
"Porto Alegre não pode mais viver com medo e nem ficar esperando que a BM e a Força Nacional nos salvem", reforçou Ostermann, que bateu na tecla de chamar concursados da Guarda Municipal. Pont defendeu maior integração de EPTC e Guarda com a BM, e a unificação de centros de monitoramento, usando equipamentos comprados na Copa do Mundo. "Não entendo porque não tem unificação."
Flores lembrou que o responsável pela segurança é o governador José Ivo Sartori. "Então, fora Sartori", propôs o candidato do PSTU, como solução. "Vamos abrir campanha aqui para mudar o governo", indicou Flores, que também criticou o parcelamento de salários do funcionalismo estadual, escapando ao tema da disputa municipal. Dziedricki defendeu que investimentos em educação, como mais escolas com turno integral, também ajudarão a reduzir a violência. 

Candidatos projetam máquina pública menor

Na gestão, o número de secretarias e cargos de confiança gerou proposições de todos os concorrentes. O petebista opinou que o uso de métricas para avaliar a eficiência da máquina é uma forma de obter informações mais precisas e monitorar resultados. "Nosso plano de governo contempla uma Porto Alegre mais segura, moderna e colaborativa", resumiu Dziedricki.
Ostermann quer reduzir as 34 secretarias para seis e ainda adotar a meritocracia entre os servidores. Marchezan lembrou que não é contra cargos de confiança, "mas mil é muito". Luciana disse que cortará 70% dos cargos. 
Rodrigues aposta que é preciso investir mais nos servidores e na estrutura para ter eficiência e usou muito do seu tempo para lançar a adoção do modelo de cooperativismo para desenvolver setores e a cidade como um todo. 
Melo defendeu as realizações, como principal herdeiro das gestões que vêm governando Porto Alegre desde 2005. "A cidade tem problemas, mas muitas soluções. Me criticam por ter muitas alianças, mas outros não conseguem. Faço alianças para melhorar a cidade", rebateu Melo. Luciana atacou a política do peemedebista como de "loteamento de cargos", com 14 partidos na coligação que garantirão 40% do tempo em rádio e TV. 
O vice-prefeito licenciado prometeu que vai reduzir a máquina pública e que fará "um governo gerencial". "Tem governo que fica 12 nos e nega a política como diabo foge da cruz. Levanto cedo, durmo tarde. Prefeito não pode ser contra presidente e governador. Vou negociar para vir mais brigadianos, vou a Brasília pegar verba."
Nas obras, o petista lamentou que os projetos com mais de R$ 1 bilhão da União definidos ante da Copa do Mundo não estejam prontos e apontou como problemas os projetos para licitação. Luciana citou o escândalo recente de contratos de limpeza de bueiros no Departamento de Esgotos Pluviais (DEP).    
Melo reagiu sobre a queixa da execução nas vias urbanas e elogiou o prefeito José Fortunati e o ex-prefeito José Fogaça por terem conseguido as obras. "Transtorno provisório se transforma em benefício permanente", avisou o peemedebista, imprimindo um estilo frasista.
Na saúde, Marchezan Jr. apontou como um dos problemas a demora para consultas e lembrou que Porto Alegre tem o maior gastos per capita entre as capitais do Brasil. "Se espera dois anos por consulta, dizem que está bem e vai melhorar. Não. Está muito mal e tem de gerar indignação", reagiu o tucano. Para o deputado federal, a solução é contratar médico para atuar 20 horas, pois há dificuldades de fazer os médicos trabalharem horas integrais (40 horas).
"Assim, ele vai trabalhar quatro 4 horas sem fazer de conta. E teremos um aplicativo para lembrar quando o cidadão deve tomar remédio e quando terá a consulta. Ah, ele vai receber remédio pelo correio em casa.
Flores usou muito do espaço para defender seu modelo de governo socialista e também a estatização do transporte coletivo de ônibus. "A tarifa a R$ 3,75 é um assalto ao bolso do trabalhador. Vamos em busca da tarifa zero, que não ocorre de uma hora para outra, pois tem de enfrentar os tubarões do transporte coletivo."
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