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Política

- Publicada em 15 de Agosto de 2016 às 17:05

Onyx admite mudar medidas anticorrupção

Onyx Lorenzoni vai manter a criminalização do caixa-2 no seu relatório final

Onyx Lorenzoni vai manter a criminalização do caixa-2 no seu relatório final


FREDY VIEIRA/JC
O relator da Comissão Especial que analisa medidas de combate à corrupção da Câmara dos Deputados, Onyx Lorenzoni (DEM), admitiu ontem que o pacote das 10 propostas do Ministério Público Federal (MPF) será modificado, porém negou que haverá o "afrouxamento" do projeto.
O relator da Comissão Especial que analisa medidas de combate à corrupção da Câmara dos Deputados, Onyx Lorenzoni (DEM), admitiu ontem que o pacote das 10 propostas do Ministério Público Federal (MPF) será modificado, porém negou que haverá o "afrouxamento" do projeto.
Diversos parlamentares do colegiado estão insatisfeitos com as propostas do MPF e querem desidratar alguns pontos do texto. "As pessoas podem tentar, mas não vamos permitir. Não se combate a corrupção com flores, nem com agrados, e sim com medidas duras. Ninguém aqui vai afrouxar para corrupto", disse Onyx.
O deputado gaúcho ressaltou que manterá a criminalização do caixa-2 no seu relatório final, porém com algumas "adequações". Entre as mudanças, o relator destacou a necessidade de haver uma diferenciação entre a prática e o recebimento de propina.
Atualmente, caixa-2 só é considerado crime eleitoral, com penas mais brandas, e alguns deputados defendem que haja essa separação para evitar o endurecimento da legislação. Onys voltou a declarar que é preciso "separar o joio do trigo", citando o esquema de corrupção da Petrobras como exemplo, onde parte do dinheiro destinado a políticos "veio do esquema criminoso e outra parte, não".
Outra questão que precisaria ser adequada, de acordo com Onyx, é o teste de integridade, um dos pontos mais polêmicos do projeto. A ideia é "simular situações, sem o conhecimento do agente público ou empregado, com o objetivo de testar sua conduta moral e predisposição para cometer crimes". A proposta serviria como mecanismo de prevenção. "O teste pode ser uma ferramenta, o que não pode é surgir uma nova inquisição. Esse ponto precisa passar por adequações. Como ele veio eu diria que é uma boa ideia, que precisa ser trabalhada", declarou. O relator admitiu ainda que a proposta de aceitar provas ilícitas, desde que obtidas de "boa-fé", também precisa ser adequada "para estabelecer princípios claros para respeitar a Constituição".
A comissão promoveu, na tarde de ontem, uma audiência pública para ouvir três depoimentos, contudo havia apenas seis dos 30 deputados que compõem o colegiado no plenário.
Os convidados foram Rudinei Marques, presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) e do Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon Sindical); Lucieni Pereira da Silva, auditora federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União e fundadora da Associação Nacional dos Auditores de Controle Externo dos Tribunais de Contas do Brasil; e Denise Gimenez Ramos, doutora em Psicologia Clínica.
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