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Política

- Publicada em 04 de Agosto de 2016 às 17:43

Em rápida sessão, Comissão Especial do Senado aprova parecer do relator e tramitação avança

Por 14 votos a 5, texto favorável ao processo passou no colegiado

Por 14 votos a 5, texto favorável ao processo passou no colegiado


ANTONIO CRUZ/ABR/JC
Em rápida sessão de menos de três horas, a Comissão Especial do Impeachment do Senado aprovou, nesta quinta-feira, por 14 votos a 5, o parecer final do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), favorável ao julgamento e ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). O parecer encerra a segunda fase do processo, chamado "juízo de pronúncia", quando se conclui que há provas para o julgamento final da petista, afastada desde 12 de maio, dia em que foi aprovada a abertura do processo. No dia 9, o parecer será votado pelo plenário do Senado.
Em rápida sessão de menos de três horas, a Comissão Especial do Impeachment do Senado aprovou, nesta quinta-feira, por 14 votos a 5, o parecer final do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), favorável ao julgamento e ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). O parecer encerra a segunda fase do processo, chamado "juízo de pronúncia", quando se conclui que há provas para o julgamento final da petista, afastada desde 12 de maio, dia em que foi aprovada a abertura do processo. No dia 9, o parecer será votado pelo plenário do Senado.
A votação dos 19 senadores foi realizada por meio de painel eletrônico. A comissão é composta por 21 membros, mas o presidente não vota, apenas em caso de desempate. Além disso, o senador Wellington Fagundes (PR-MT), titular, não compareceu, devido a um problema no seu estado, e seu suplente também não apareceu. Ele é a favor do impeachment. Por isso, o placar ficou 14 a 5. No dia 6 de maio, a admissibilidade do processo havia sido aprovada por 15 votos a 5, na mesma comissão especial. Enquanto o presidente Raimundo Lira anunciava o resultado, a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) segurava um cartaz na cor rosa, com a frase: "Golpe nunca mais".
Depois de 100 dias de trabalho, a Comissão Especial encerra seus trabalhos. Agora, todos os procedimentos serão em plenário. Já cansados de tantas sessões e discursos repetitivos, os senadores a favor do impeachment foram comedidos. Já os aliados de Dilma foram mais enfáticos ao insistir na tese de "farsa" e de que a petista é vítima de um "golpe".
Na terça-feira, dia 9, esse parecer será votado pelo plenário do Senado. Em seguida, haverá prazos para a acusação - os juristas - e a defesa apresentarem seus documentos finais. O julgamento final deverá ocorrer a partir do dia 25, mas a data será fixada pelo presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, que é o presidente do processo nessa fase de pronúncia e no julgamento final.
O clima esquentou quando o presidente da Comissão Especial, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), foi acusado de censura pelos petistas por retirar expressões das notas taquigráficas e da ata. Ele ainda iniciou a sessão fazendo um balanço sobre os dias "tensos e intensos" e disse que o País passa por um momento crítico.
Como fez na sessão de quarta-feira, mandou retirar das notas taquigráficas a expressão "relatório fraudulento", usada pela senadora Fátima Bezerra. Lira perdeu sua tradicional calma pela acusação de Lindbergh Farias (PT-RJ) de que ele estava fazendo censura. Lira disse que os senadores eram livres para se expressar, mas não iria constar nas notas taquigráficas da sessão. "Não podemos, em nenhuma hipótese, dizer que o trabalho do senador Anastasia e dos senadores seja chamado de fraude! Quando chamaram a presidente de criminosa, mandei retirar. Quando chamaram o PT de quadrilheiro, mandei retirar. Quando disseram que todos os petistas estivessem presos, mandei retirar", disse Lira.
 
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