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Operação Custo Brasil

- Publicada em 01 de Agosto de 2016 às 17:17

Bernardo foi 'patrono' de crimes na pasta do Planejamento, diz MP

A força-tarefa do Ministério Público Federal em São Paulo denunciou o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo e mais 19 envolvidos na operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato que investiga desvios de recursos da pasta iniciados quando o petista estava à frente dela.
A força-tarefa do Ministério Público Federal em São Paulo denunciou o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo e mais 19 envolvidos na operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato que investiga desvios de recursos da pasta iniciados quando o petista estava à frente dela.
De sexta-feira até ontem, os procuradores ofereceram três denúncias. A maior delas é a primeira e inclui nomes como o do ex-ministro Paulo Bernardo e outros 12 alvos suspeitos de crimes de formação de organização criminosa, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
O esquema que perdurou de 2010 até 2015, quando foi deflagrada a operação Pixuleco, envolveu a celebração de um Acordo de Cooperação Técnica que representava o Ministério do Planejamento e duas entidades que representavam a Consist. O acordo deu ao Consist a função de gerir empréstimos consignados a servidores públicos e cerca de 70% do faturamento líquido da empresa foi destinado a parceiros do esquema.
As investigações dividiram os alvos em três grupos: agentes políticos, a empresa Consist e seus parceiros e parceiros eventuais.
O ex-ministro Paulo Bernardo integra o grupo de agentes políticos juntamente com Duvanier Paiva e Nelson de Freitas, apontados pelos procuradores como os responsáveis por instalar o esquema no Ministério do Planejamento a mando do ex-ministro petista.
"Paulo Bernardo nomeia essas pessoas, mas ele não aparece formalmente. No entanto, tinha a consciência de tudo. Ele tomara as decisões e determinava que os seus funcionários as executassem. Cerca de R$ 7 milhões foi destinado ao núcleo de Paulo Bernardo", afirmou o procurador Andrey Borges de Mendonça em coletiva de imprensa ontem.
Segundo os procuradores, e-mail apreendido nas investigações aponta Paulo Bernardo como o "patrono" da organização. Freitas, que está preso preventivamente, era diretor do departamento de administração de sistemas de informação, e Paiva, falecido em 2012, era funcionário do Ministério do Planejamento.

'Nós não pegamos um centavo', desafia Gleisi sobre propina

Gleisi Hoffmann saiu em defesa do marido

Gleisi Hoffmann saiu em defesa do marido


JEFFERSON RUDY/AGÊNCIA SENADO/JC
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) saiu na tarde de ontem em defesa do marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, denunciado, juntamente com 19 investigados, pelo Ministério Público sob a acusação de ter montado uma organização criminosa responsável por lavar dinheiro e pagar propinas para o PT e para os diversos agentes públicos e privados, que superam os
R$ 100 milhões.
Em pronunciamento da tribuna do Senado, a petista disse que já esperava essa iniciativa, após o indiciamento e da "prisão absurda" a que Paulo Bernardo havia sido submetido. A senadora criticou o fato de os procuradores terem dito, em entrevista coletiva, que o ex-ministro era o mentor do esquema, por ter um e-mail que "comprova" as acusações. Ela pediu a divulgação da correspondência eletrônica.
"Onde está esse dinheiro? Eu faço um desafio aqui a esse procurador, a esse juiz, à Polícia Federal: achem esse dinheiro! Onde nós colocamos? Não há um centavo. Nós não pegamos um centavo. Meu patrimônio não chega a esse montante; aliás, ele é compatível com o que ganho. Eu desafio esses promotores que adoram fazer discurso a dizer onde está esse dinheiro", afirmou. A senadora disse que os procuradores, "que gostam tanto de política", deveriam se candidatar. Ela afirmou que eles não têm coragem e preferem ficar no conforto de exercer um cargo com estabilidade e de falar o que querem, "sem ter que ter responsabilidade".