Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 16 de Agosto de 2016 às 16:07

Pepe, doutor honoris causa do RS

Ao levar a Montevidéu, junto com o deputado Luiz Fernando Mainardi (PT), convite da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) para que o ex-presidente uruguaio José Mujica venha ao Rio Grande do Sul receber o título doutor honoris causa da universidade, me senti imensamente honrado e gratificado. É primeiro galardão que a instituição concede em 10 anos de atividades. Aos 81 anos, Mujica merece a ilustre distinção por razões consistentes. Autodidata que estudou muito em 14 anos de prisão, a maior parte em celas solitárias, a que foi condenado pela ditadura (1975-1983), o ex-guerrilheiro tupamaro é cúmplice nato dos educadores diplomados. Chefe do executivo uruguaio (2010-2015), abdicou de 90% do salário para destiná-lo a instituições de caridade e às escolas rurais vizinhas da chácara, a 30 quilômetros da capital, onde mora com a esposa, senadora Lucía Topolansky, e a "vieja" cadela de três patas, Manuela. Para ele, a educação dos jovens sem ofício das redondezas pode ser o atestado para a alforria social, em um país agropastoril de maioria idosa que sufoca as contas da previdência pública. Mujica governou com coragem inovadora, liberou a maconha para combater o tráfico organizado de drogas; apoiou o casamento de pessoas do mesmo sexo e o posicionou-se favorável ao recebimento dos detentos da prisão norte-americana na Baía de Guantánamo em Cuba, enfrentando todas as contrariedades e preconceitos, dentro e fora do país. Foi artífice da construção do encontro de Barack Obama com Raúl Castro, contribuindo para o fim do bloqueio americano a Cuba. Disse a Obama que os norte-americanos deveriam fumar menos e aprender mais idiomas. Na Câmara do Comércio dos EUA, discorreu sobre os benefícios na redistribuição de riqueza e do aumento salarial para os trabalhadores. Aos estudantes da American University, afirmou que não existem guerras justas: "Todas são injustas". Quem mais indicado para ser agraciado com o título que homenageia homens que, pela dimensão de sua obra, enriquecem a vida cultural, social e política de todos nós e que ainda nos ensina lições de vida?
Ao levar a Montevidéu, junto com o deputado Luiz Fernando Mainardi (PT), convite da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) para que o ex-presidente uruguaio José Mujica venha ao Rio Grande do Sul receber o título doutor honoris causa da universidade, me senti imensamente honrado e gratificado. É primeiro galardão que a instituição concede em 10 anos de atividades. Aos 81 anos, Mujica merece a ilustre distinção por razões consistentes. Autodidata que estudou muito em 14 anos de prisão, a maior parte em celas solitárias, a que foi condenado pela ditadura (1975-1983), o ex-guerrilheiro tupamaro é cúmplice nato dos educadores diplomados. Chefe do executivo uruguaio (2010-2015), abdicou de 90% do salário para destiná-lo a instituições de caridade e às escolas rurais vizinhas da chácara, a 30 quilômetros da capital, onde mora com a esposa, senadora Lucía Topolansky, e a "vieja" cadela de três patas, Manuela. Para ele, a educação dos jovens sem ofício das redondezas pode ser o atestado para a alforria social, em um país agropastoril de maioria idosa que sufoca as contas da previdência pública. Mujica governou com coragem inovadora, liberou a maconha para combater o tráfico organizado de drogas; apoiou o casamento de pessoas do mesmo sexo e o posicionou-se favorável ao recebimento dos detentos da prisão norte-americana na Baía de Guantánamo em Cuba, enfrentando todas as contrariedades e preconceitos, dentro e fora do país. Foi artífice da construção do encontro de Barack Obama com Raúl Castro, contribuindo para o fim do bloqueio americano a Cuba. Disse a Obama que os norte-americanos deveriam fumar menos e aprender mais idiomas. Na Câmara do Comércio dos EUA, discorreu sobre os benefícios na redistribuição de riqueza e do aumento salarial para os trabalhadores. Aos estudantes da American University, afirmou que não existem guerras justas: "Todas são injustas". Quem mais indicado para ser agraciado com o título que homenageia homens que, pela dimensão de sua obra, enriquecem a vida cultural, social e política de todos nós e que ainda nos ensina lições de vida?
Deputado estadual (PT)
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO