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Opinião

- Publicada em 15 de Agosto de 2016 às 17:51

Campanha eleitoral começa hoje com novo formato

A campanha eleitoral, com propaganda política nas ruas, começa hoje em moldes diferentes no Brasil. As eleições para prefeito e vereadores passaram a conviver com a falta de financiamento de pessoas jurídicas.
A campanha eleitoral, com propaganda política nas ruas, começa hoje em moldes diferentes no Brasil. As eleições para prefeito e vereadores passaram a conviver com a falta de financiamento de pessoas jurídicas.
Neste ano de 2016, também haverá menos tempo nas rádios e TVs, além de recursos limitados. Segundo alguns candidatos mais experientes, será a vez das caminhadas, das conversas, dos contatos em bairros, de uma plataforma eleitoral simples e objetiva.
Infelizmente, o clima que paira em torno da classe política não tem sido dos melhores nos últimos anos. São muitas acusações, falcatruas sendo denunciadas no rastro das investigações da Operação Lava Jato, onde as chamadas - e legais - delações premiadas não têm poupado a maioria dos partidos, com citações de propinas sendo pagas.
Assim, a imagem - em parte errada - que temos, é a de que todos os políticos são corruptos, preguiçosos, irresponsáveis e ganham muito para não fazer nada. Esse é o pensamento que povoa a mente coletiva da nação. Julgando bem, é muito triste que se chegue a esse ponto de conceito.
No entanto, há uma generalização perigosa e para a qual alguns chamam a atenção. Se todos são igualados, quem se favorece são os piores. E, em muitos casos, esses acabam se elegendo ou reelegendo, especialmente para cargos no Legislativo - no caso da atual eleição, para a Câmara de Vereadores.
Cabe a nós, a cada eleição, escolher um bom candidato. O que ocorre, entretanto, é que quanto maior a divulgação de um nome, mais facilmente esse será eleito. E, as vezes, isso acontece, mesmo que a notoriedade tenha vindo por conta de acusações as mais diversas.
Então, o erro começa por nós, os eleitores. Se os políticos soubessem o que lhes seria atribuído pela sociedade, com certeza muitos não concorreriam mais.
Mas como se manter depois de 12, 16 ou 20 anos na vida pública? Voltar a exercer uma profissão das tantas que temos? Retornar à empresa, como tentou Ildo Meneghetti e ver que seus negócios tinham desmoronado enquanto era governador?
Aceitar ser secretário estadual disso ou daquilo, uma honra, mas um trabalho insano se levado a sério - e a maioria ou todos fazem disso uma meta de vida -, deixar a cidade do Interior e vir para a Capital, entrar às 8h na sala e sair as 20h ou mais?
Viajar, atender, ouvir, ter paciência, enfrentar a burocracia inerente ao serviço público e a correspondente lentidão e, mesmo assim, manter o otimismo e até mesmo a alegria de servir?
Enfim, temos que praticar o sagrado exercício da cidadania votando em pessoas as quais julgamos ter condições de exercer um mandato muito bom em prol dos reais interesses da cidade, no caso dos prefeitos e vereadores.
Existem, sim, candidatos que buscam servir, antes do que serem servidos. E não podemos nos eximir do voto ou, então, depois, não teremos condições de criticar "o que está aí", um chavão quando se quer demonizar o quadro dos políticos nacionais.
Votar bem em pessoas que julgamos ter uma proposta boa e nos passem credibilidade naquilo que se propõem e sejam de realização factível. Nós é que podemos melhorar as próximas eleições, com ou sem financiamento de pessoas jurídicas. É o dever cívico que nos aguarda.
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