Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 12 de Agosto de 2016 às 15:55

Inflação precisa voltar ao centro da meta oficial

Semanalmente, a Pesquisa Focus, do Banco Central (BC), ouve 100 entidades do mundo das finanças na busca de projeções para o Produto Interno Bruto (PIB), juros, inflação, valor do dólar dos Estados Unidos, do euro e outros dados financeiros e econômicos, com vistas a balizar ações sobre o que está sendo esperado no Brasil.
Semanalmente, a Pesquisa Focus, do Banco Central (BC), ouve 100 entidades do mundo das finanças na busca de projeções para o Produto Interno Bruto (PIB), juros, inflação, valor do dólar dos Estados Unidos, do euro e outros dados financeiros e econômicos, com vistas a balizar ações sobre o que está sendo esperado no Brasil.
Embora tenha refluído um pouco no mês de julho, a inflação é a grande incógnita dos assalariados, pois o valor recebido pelo trabalho deve servir para a compra de alimentos e compromissos diversos durante um mês. Em tempos de desemprego, então, a preocupação é grande. Quem faz os populares "ranchos" nos supermercados sentiu, neste 2016, que a carestia está presente. Carne e feijão, atualmente, são os vilões dos preços altos e produtos que alavancam a inflação nossa de cada mês.
Por isso, segundo o governo federal, os juros continuam em 14,25%, considerados como os maiores do mundo. Bem acima dos praticados na maioria dos países da América Latina, da Europa e mesmo do Oriente Médio e Extremo Oriente.
Tendo em vista o quadro socioeconômico brasileiro, a sensação é de derrota, considerando-se que há dois ou três anos o Banco Central festejava a inflação dentro ou próxima da meta estabelecida: de 4,5%, com variação de dois pontos percentuais para mais ou menos.
Por isso, toda vez que os dados sobre inflação são publicados pela Pesquisa Focus, às segundas-feiras, há uma grande expectativa sobre os percentuais projetados para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador que mede o custo de vida oficial.
O número é aguardado ansiosamente pelo governo e pelo mercado financeiro, pois sempre há a esperança de que, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) a taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia, a tradicional Selic, comece a cair, acalentando o sonho do empresariado e da população.
Na política econômica nacional, o tripé importante a ser mantido é a responsabilidade fiscal, o controle da inflação e o regime de câmbio flutuante. No exterior, indicadores sobre a economia dos Estados Unidos têm sido melhores do que o esperado e números recentes afastam os riscos de uma desaceleração abrupta da economia chinesa.
Também não têm se confirmado as previsões de que a economia europeia se manteria em queda, embora as dificuldades presentes. Com isso, a volatilidade dos mercados globais vem regredindo nas últimas semanas e os indícios de instabilidade bancária e restrições na oferta de crédito continuam majoritariamente circunscritos a poucas praças europeias. A economia chinesa tem sido o fiel da balança. O pouso suave da economia da China está escrito no horóscopo dos economistas, mas mesmo suave tem relevância para o Brasil.
No âmbito doméstico, não se observa, no momento, motivos robustos para a autoridade monetária alterar a política de manutenção dos juros, nos citados e quase deploráveis 14,25% ao ano.
O fundamental é que os preços dos alimentos não subam mais, pois são eles que têm sido o vilão da inflação, afetando mais os assalariados de baixa renda. Tudo que os brasileiros querem é que os preços não aumentem, assim podendo manter o poder aquisitivo dos seus rendimentos, que, na média, são baixos, e em meio a um cruel desemprego.
No atual cenário, 4,5% é meta ambiciosa, mas que deve ser perseguida. Por isso o governo, ainda que interino, deve trabalhar com afinco.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO