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Opinião

- Publicada em 08 de Agosto de 2016 às 18:12

O processo de impeachment e o futuro do Brasil

O Senado Federal inicia hoje a votação do relatório sobre o pedido de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), outra etapa de uma tramitação processual estabelecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O Senado Federal inicia hoje a votação do relatório sobre o pedido de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), outra etapa de uma tramitação processual estabelecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
É a penúltima fase no processo do impedimento, que seguiu o devido processo legal, sob a supervisão do Supremo. Na Comissão Especial do Impeachment no Senado, o relatório considerando crime de responsabilidade fiscal alguns procedimentos da presidente já foi aprovado.
As opiniões, de uma maneira geral, convergem para a tendência de que o texto será aprovado também no plenário do Senado e Dilma afastada definitivamente do cargo, o que daria fim à interinidade de Michel Temer (PMDB) na presidência da República - o peemedebista passaria a ser, de fato, o titular do Planalto.
Mesmo que se dê algum desconto pelo fato de que há novas acusações da Operação Lava Jato, agora com a delação de Marcelo Odebrecht presumivelmente envolvendo Temer e os ministros José Serra (PSDB), das Relações Exteriores, e Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil, analistas políticos confirmam que o processo de impeachment deverá ser finalizado em agosto, afastando Dilma.
O impedimento de uma presidente é o remédio democrático mais forte, uma extrema-unção política aplicada antes aqui e em outros países.
O crime de responsabilidade por parte da autoridade máxima brasileira é o argumento básico, o resto é acessório e muita emoção, mesmo que válida, pois o povo está sofrendo os efeitos do descalabro governamental.
Enquanto isso, o que a população quer são resultados no combate ao desemprego. E para que ele seja estancado, temos que retomar a atividade econômica na indústria, no comércio e nos serviços, ela que está retrocedendo há muitos meses.
A atual presidente, confirmado o impedimento, sairá do cargo para entrar para a História como a primeira mandatária do País, fato inegável.
Entretanto, também é verdade que Dilma Rousseff - caso se concretize o impeachment - sairá do cargo, pressionada por erros administrativos como as "pedaladas fiscais", caracterizados como crimes na Constituição.
Ela negou antes que os tivesse praticado, continua negando e, certamente, passará o resto da vida negando, malgrado os depoimentos de juristas e a aprovação da medida pelo Congresso Nacional.
O desemprego de 11 milhões de brasileiros e as dificuldades fiscais em Brasília, nos estados e nas prefeituras em boa parte do País foram levados em conta na decisão dos parlamentares. Os apoiadores da presidente não se conformam e questionarão o processo até o seu fim, repetindo que não houve crime.
Contudo, pesquisas mostram razoável apoio popular pela aprovação do impedimento de Dilma. Juridicamente, isso não tem nada a ver com o processo. Porém, que pesa no julgamento dos parlamentares, isso é verdade.
Muitos se perguntam se o impeachment será a solução para os nossos problemas socioeconômicos que têm se agudizado de um ano para cá. A expectativa é de que haja uma certa estabilidade e que a economia retome seu fôlego, pouco a pouco. O futuro da política nacional é que dirá o real efeito desta medida para o País.
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