Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Internacional

- Publicada em 31 de Agosto de 2016 às 15:22

Papa Francisco nega convite para escolher juízes em pacto com as Farc

Numa decisão surpreendente que marca uma derrota do governo colombiano, o Papa Francisco comunicou ontem que não integrará o comitê de notáveis para escolher os juízes do tribunal especial que faz parte do acordo negociado com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Apesar de ser um apoiador do processo de paz e de ter estado presente em momentos cruciais da negociação, o Papa disse, por meio de um comunicado, que "tendo em conta a vocação universal da Igreja e a missão do sucessor de Pedro como pastor do povo de Deus, será mais apropriado que essa tarefa seja encomendada a outras partes".
Numa decisão surpreendente que marca uma derrota do governo colombiano, o Papa Francisco comunicou ontem que não integrará o comitê de notáveis para escolher os juízes do tribunal especial que faz parte do acordo negociado com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Apesar de ser um apoiador do processo de paz e de ter estado presente em momentos cruciais da negociação, o Papa disse, por meio de um comunicado, que "tendo em conta a vocação universal da Igreja e a missão do sucessor de Pedro como pastor do povo de Deus, será mais apropriado que essa tarefa seja encomendada a outras partes".
Além de Francisco, o governo convidou para o comitê de notáveis o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a Corte Suprema de Justiça da Colômbia, o Centro Internacional de Justiça Transicional e o Sistema Universitário do Estado, que reúne 32 universidades públicas da Colômbia. Ainda não há resposta oficial dessas entidades. O chefe da campanha do "sim" no plebiscito que será realizado no dia 2 de outubro, o ex-presidente da Colômbia César Gaviria, afirmou que a escolha desse grupo de notáveis tinha como objetivo dar legitimidade nacional e internacional à Justiça especial prevista no acordo.
A ideia é que esse comitê escolha os 20 juízes colombianos e os quatro estrangeiros que julgarão os guerrilheiros e membros do Exército acusados de crimes de lesa-humanidade (assassinato, sequestro, tortura, violações e recrutamento de menores). A Justiça transicional prevê amenização de penas aos que confessarem seus crimes, e os responsáveis não irão a prisões. As condenações serão cumpridas em locais de movimentação restrita ou podem ser substituídas por trabalhos comunitários. 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO