Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Internacional

- Publicada em 08 de Agosto de 2016 às 15:53

Trump apresenta plano econômico com redução de impostos e ataque à globalização

Agência Estado
Em um discurso interrompido 12 vezes por protestos, Donald Trump apresentou nesta segunda-feira um plano econômico nacionalista, que também prevê uma das maiores reduções de impostos das últimas décadas e extensa eliminação de regulações. "Americanismo, não globalismo, será o novo credo", afirmou o candidato republicano em discurso em Detroit.
Em um discurso interrompido 12 vezes por protestos, Donald Trump apresentou nesta segunda-feira um plano econômico nacionalista, que também prevê uma das maiores reduções de impostos das últimas décadas e extensa eliminação de regulações. "Americanismo, não globalismo, será o novo credo", afirmou o candidato republicano em discurso em Detroit.
Trump atacou acordos comerciais e prometeu uma postura mais agressiva em relação à China, caso seja eleito. O bilionário de Nova Iorque disse que rejeitará o Tratado da Parceria Transpacífico (TPP) e renegociará os termos do acordo comerciais que reúne EUA, Canadá e México (Nafta) desde 1994. O país abandonará o tratado se não conseguir novos termos, afirmou Trump.
O bilionário atacou a globalização e prometeu o retorno ao passado no qual operários americanos trabalhavam em minas de carvão e usinas de aço. Ainda assim, disse que é o candidato do futuro. "Carros americanos vão andar em nossas estradas, aviões americanos vão ligar nossas cidades, navios americanos vão patrulhar nossos mares e aço americano vai levantar nossos arranha-céus."
O plano econômico foi apresentado em Detroit, que foi a capital da indústria automobilística americana durante grande parte do século 20. Muitas das fábricas abandonaram a cidade nas últimas décadas, processo que foi acompanhado de um processo de empobrecimento e redução da população.
Trump prometeu reduzir de 35% para 15% a alíquota máxima sobre o lucro de pessoas físicas e prometeu uma moratória em novas regulações em seu eventual governo. Ao mesmo tempo, o bilionário disse que adotará um ambicioso plano de investimento em infraestrutura.
Críticos sustentam que as contas do programa do candidato não fecham. Segundo eles, a drástica redução de impostos aumentará o déficit fiscal e o endividamento do país e reduzirá recursos disponíveis para cumprir as demais promessas. Fiel à ideologia do Partido Republicano, Trump afirmou que a redução de tributos aumentará investimentos e o crescimento econômico.
Entre as regulações que o bilionário prometeu reduzir estão as aplicadas ao setor automobilístico -"um dos mais reguladores dos EUA e do mundo", disse. Mas ele não explicou como conciliará essa mudança com exportações de carros americanos para países que adotam regras mais estritas.
A China foi o grande alvo do discurso de Trump, que acusou o país de manipular a cotação de sua moeda, conceder subsídios ilegais, desrespeitar propriedade intelectual e ignorar regulações trabalhistas e ambientais. O bilionário prometeu confrontar o que classificou como "trapaças" da China e outros países. "Nós vamos trazer milhões de empregos para os Estados Unidos", afirmou. "Tão simples."
O discurso contra a globalização e acordos comerciais têm apelo junto aos operários americanos que viram as linhas de montagem do país diminuírem com o processo de integração econômica mundial. A principal base de apoio de Trump são homens brancos sem educação superior. Com seu discurso, o candidato apela ao sentimento de nostalgia em relação a um passado de empregos estáveis nas fábricas do país.
Apesar de dizer que o "isolamento" não é a solução, o bilionário insistiu na supremacia do "Made in America" e prometeu adotar medidas que aumentem a vantagem competitiva do país no cenário mundial.
O discurso desta segunda-feira foi uma tentativa de Trump de recolocar sua campanha nos trilhos. A semana passada foi desastrosa para o candidato, que viu queda de seus números nas pesquisas eleitorais depois do confronto que protagonizou com os pais muçulmanos de um soldado americano morto no Iraque.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO