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Geral

- Publicada em 11 de Agosto de 2016 às 18:48

BM retira famílias que ocupavam sede do Demhab em Porto Alegre

BM levou forte aparato policial e usou efeito surpresa para retirar os ocupantes, que não resistiram

BM levou forte aparato policial e usou efeito surpresa para retirar os ocupantes, que não resistiram


JONATHAN HECKLER/JC
Fazendo uso do efeito surpresa, a Brigada Militar promoveu na tarde desta quinta-feira (11) a retirada das famílias que ocupavam há mais de um mês o prédio-sede do Departamento Municipal de Habitação (Demhab), em Porto Alegre. Famílias e manifestantes ligados a movimentos de moradia estavam no local desde 14 de julho.
Fazendo uso do efeito surpresa, a Brigada Militar promoveu na tarde desta quinta-feira (11) a retirada das famílias que ocupavam há mais de um mês o prédio-sede do Departamento Municipal de Habitação (Demhab), em Porto Alegre. Famílias e manifestantes ligados a movimentos de moradia estavam no local desde 14 de julho.
"Divulgamos à imprensa que a desocupação seria semana que vem, mas viemos hoje (quinta). Usamos planejamento estratégico", resumiu o major Sérgio Rocha, que comandou a operação pelo 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM). Quando chegaram, Rocha disse que havia apenas 12 a 15 pessoas, a maioria mulheres e crianças no interior do prédio, ocupado desde 14 de julho.
A ordem de reintegração foi determinada pelo Tribunal de Justiça (TJ-RS) no dia 1. "Estávamos preparados para uma reação, mas eles (ocupantes) saíram sem violência. Foi super tranquilo, bem de boa, nem teve bate boca", resumiu Rocha.
A partir das 14h30min, a BM aportou na região onde fica o Demhab, na avenida Princesa Isabel, próximo à avenida Ipiranga, zona leste da Capital. Cerca de 130 homens, sendo 75 do Batalhão de Operações Especiais (BOE) e 55 do 1º BPM, isolaram a área, trancando o acesso de pedestres e carros nas vias no entorno do quarteirão, entre as ruas São Manoel, São Francisco e Vicente da Fontoura. Também foram deslocadas viaturas de bombeiros, Guarda Municipal e EPTC, além de uma ambulância do Samu.  
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O forte esquema de policiamento gerou apreensão em moradores e pessoas quem passavam pelo local. O medo era de confronto e violência, diante do número e porte da força envolvida. 
Os pelotões estavam muito armados. Portavam escudos balísticos, granadas, spray de pimenta, armas de calibre 12 e 40, além de esmeril para abrir cadeado, que seria usado caso não fosse dado acesso pela porta do prédio. "Não sabíamos se ia ser tranquilo, por isso esse suporte", justificou o major, sobre o poder de fogo. 
Por volta das 15h, os ocupantes começaram a deixar o local voluntariamente, abrindo os portões. No grupo, estavam 10 mulheres e duas crianças. Em pouco mais de 30 minutos, eles foram depositando sacos com roupas, móveis, fogão e outros materiais na calçada em frente ao Demhab, sob o olhar da força militar.

Brigada monitorou a rotina dos ocupantes

Um trunfo da ação da BM foi conhecer a rotina dos cerca de 80 ocupantes ligados ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Movimento de Luta nos Bairros e Favelas (MLB) e Movimento Nacional da População de Rua (MNPR). A reintegração de posse pedida pela prefeitura foi dada pelo TJ-RS, depois de ser negada pela Justiça em primeira instância. 
Segundo Rocha, a BM estava monitorando dia a dia o fluxo. Na quarta-feira (10), o plano foi repassado pelo 1º BPM. Na manhã desta quinta, os policiais se reuniram para fazer o deslocamento até a região. "Sabíamos que parte do grupo saía para trabalhar ou fazer compras neste horário. Aproveitamos para agir quando tinha menos gente", revelou o comandante da operação.
Na desocupação, os pertences foram rapidamente e colocados em um caminhão. Segundo a BM, o Demhab ficou responsável pela transferência dos pertences a outro local. 
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