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Assistência

- Publicada em 05 de Agosto de 2016 às 17:55

Casa do Menino Jesus de Praga abrirá 60 novas vagas

Sede atual da instituição abriga 39 pacientes, de quatro a 38 anos

Sede atual da instituição abriga 39 pacientes, de quatro a 38 anos


ANTONIO PAZ/JC
Enquanto caminha pelos corredores da Casa do Menino Jesus de Praga, no bairro Intercap, Zona Leste da Capital, o presidente voluntário Marco Antonio Perottoni se orgulha da estrutura que o local oferece. "Oferecemos qualidade de vida, na medida do possível. Queremos que as crianças estejam confortáveis e em paz", resume. Com vaga para 40 pacientes, a casa abriga 39, de quatro a 38 anos, enquanto aguarda o término da construção da nova sede, em frente à atual. No novo prédio, serão disponibilizadas mais 60 vagas, distribuídas em quatro dormitórios. No entanto, ainda não há previsão para que a obra seja concluída.
Enquanto caminha pelos corredores da Casa do Menino Jesus de Praga, no bairro Intercap, Zona Leste da Capital, o presidente voluntário Marco Antonio Perottoni se orgulha da estrutura que o local oferece. "Oferecemos qualidade de vida, na medida do possível. Queremos que as crianças estejam confortáveis e em paz", resume. Com vaga para 40 pacientes, a casa abriga 39, de quatro a 38 anos, enquanto aguarda o término da construção da nova sede, em frente à atual. No novo prédio, serão disponibilizadas mais 60 vagas, distribuídas em quatro dormitórios. No entanto, ainda não há previsão para que a obra seja concluída.
O motivo é o fato de que o valor para a construção é obtido exclusivamente de doações. Até agora, já foram gastos R$ 6,5 milhões, mas Perottoni acredita que ainda sejam necessários mais R$ 2 milhões. A obra começou em 2008, em um terreno doado pela prefeitura, e a estrutura já está pronta.
Além dos dormitórios, a nova sede, já adaptada para permitir fácil acesso a cadeiras de rodas, conta com sala de fisioterapia, cozinha, lavanderia, piscina para hidroterapia e pátio. "Será a única casa com hidroterapia, mas as outras entidades também poderão utilizá-la", conta Perottoni.
Das 60 novas vagas, 10 foram oferecidas à Secretaria Estadual da Saúde (SES) para o tratamento de crianças com microcefalia transmitida pelo zika vírus.
Na atual sede, inaugurada há 32 anos, tratam-se apenas crianças portadoras de patologias cerebrais e motoras muito severas. No andar de baixo ficam as dependências administrativas. No segundo andar, três dormitórios abrigam os 39 pacientes, que recebem cuidados exclusivos. Cada um deles possui um armário de roupas - Perottoni conta que 400 quilos de roupas são lavadas por dia na instituição - e apetrechos próprios na cabeceira da cama, além de cadeira de rodas. Como é característico das crianças com paralisia cerebral, algumas não parecem estar realmente ali, mas outras encaram os visitantes e sorriem, interagem e se comunicam.
A maioria delas não possui apoio familiar e está exclusivamente aos cuidados da equipe de profissionais que atua na instituição. Perottoni, que é voluntário no local há 14 anos, conta que apenas seis costumam receber visitas de parentes. "A maioria chega por intermédio judicial, algumas famílias são até mesmo impedidas de vê-las. Daí, fazemos uma análise para ver se a criança se encaixa nas condições da casa. Não podemos aceitar alguém que caminha, por exemplo", explica o presidente. Isso porque a totalidade dos internados depende de assistência 24 horas por dia - para comer, para se vestir, para se banhar e até mesmo para trocar de posição na cama.
A casa de acolhimento se torna, literalmente, o lar das crianças. "Elas chegam aqui e só saem com o óbito", conta Perottoni. Como não existe cura para a paralisia cerebral, a intenção é conferir às crianças a melhor qualidade de vida possível. A evolução, mesmo que lenta, é acompanhada de perto pelos profissionais. "Temos seis crianças alfabetizadas, uma que se comunica pelo computador. Um dos nossos chegou aqui com dois anos, bastante limitado, e hoje, com 18 anos, é formado no Ensino Médio", orgulha-se o presidente.
O caminho para essa melhora é lento. A coordenadora e responsável técnica da enfermagem, Márcia Machado, conta que, apesar de desafiadora, a experiência é gratificante. Ela trabalha, pela primeira vez, em uma casa de acolhimento, depois de anos atuando na área hospitalar. "Mesmo que não falem, um sorriso, um olhar, acaba sendo significativo para nós. Esses pacientes vêm para cá buscando acolhimento, é a casa deles e são tratados como nossos filhos", resume. As conquistas são pequenas, mas significativas. "Alguém que se alimenta exclusivamente por sonda passa a conseguir deglutir, a se posicionar melhor, e começamos a incentivar a mastigação oral", exemplifica.
O tratamento de cada um dos pacientes custa R$ 7.980,00 por mês, um total de R$ 312 mil, sendo que 80% da renda se dá por doações e os outros 20% são repassados pelo Estado e pelo município. Além da equipe voluntária, aproximadamente 60 funcionários remunerados trabalham na instituição, incluindo enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos, nutricionistas, farmacêuticos, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais.
 

Como doar?

Dinheiro
  • As instruções podem ser encontradas no site da instituição. As doações em dinheiro podem ser feitas por PagSeguro, por DOCs mensais, via Funcriança, por transferência bancária, por débito em conta, por boleto bancário ou fisicamente, na sede no bairro Intercap.
Medicamentos
  • A instituição sempre precisa de medicamentos que são utilizados pela maioria dos pacientes. No site, há uma lista completa, que inclui comprimidos, pomadas, loções e aerosóis. As doações podem ser feitas na sede da instituição - também pode ser doado o valor em dinheiro para a compra desses medicamentos. Além dos remédios, a instituição também necessita constantemente de copos descartáveis, sacos de lixo, papel higiênico, água sanitária, álcool 70º, guardanapos, detergente líquido, seringas descartáveis, luvas plásticas e avental de TNT descartável. A lista completa de insumos também pode ser conferida no site da Casa do Menino Jesus de Praga.