Eduardo Lopez, sommelier da vin�cola Concha y Toro, participou do Agosto del Vino, na Praia do Rosa Eduardo Lopez, sommelier da vin�cola Concha y Toro, participou do Agosto del Vino, na Praia do Rosa Foto: MONIKY BITTENCOURT/DIVULGA��O/JC

O marketing certo para o produto de qualidade

Presente em cerca de 147 países, a vinícola chilena Concha y Toro existe desde 1883 e é dela o rótulo do vinho do país mais vendido no mundo inteiro, o Casillero del Diablo. Exemplo de marca líder no mercado vitivinícola, teve 245 milhões de litros envasados em 2015. É dela também o vinho importado mais vendido no Brasil, o Reservado (segundo a Associação Brasileira de Supermercados). Sommelier da marca no Brasil, o paulista Eduardo Lopez, 49 anos, trabalha para a Concha y Toro desde 2000. Nesta entrevista, concedida no Agosto del Vino, na Praia do Rosa, ele conta o que está por trás do negócio.
GeraçãoE - Qual a principal ferramenta da marca para garantir a expansão?
Eduardo Lopez - A Concha y Toro tem um marketing muito forte e, quando falo marketing, é simplesmente uma ferramenta que enobrece as coisas positivas do produto que você tem. E o nosso é muito inteligente, baseado em pesquisas, não é um marketing de dedução. A Concha y Toro é uma especialista de mercado. Em cada mercado em que a gente está, a gente estuda e entende as necessidades, estratégias e caminhos.
GE - Como o produto se mantém forte?
Eduardo - Não existe uma mudança de estratégia hoje. Existe, sim, uma continuidade do trabalho, que é manter a qualidade que temos para manter nosso reconhecimento com o consumidor, procurar ter preços mais justos possíveis. Comparado a outros produtos do mercado, todas as linhas da Concha y Toro têm um preço bem adequado e competem com vinhos mais caros do que ela. A qualidade e o custo-benefício são filosofias da empresa.
GE - Como é a relação com o cliente da marca no Brasil?
Eduardo - O grande desafio é você conseguir trabalhar bem e crescer em um momento de crise. O que acontece hoje, no Brasil, é que as pessoas que bebem vinho, por uma dúvida, acabam correndo para uma marca consolidada e que tem crédito na vida deles. Você fala em Concha y Toro e em Casillero del Diablo, as pessoas já sabem a procedência, já beberam muito e dificilmente vão querer arriscar em uma coisa que não conhecem. Então, a vantagem que a gente tem é a força da nossa marca e o crédito que nós temos no mercado. O Reservado, por exemplo, um vinho da nossa segunda linha, é, há 11 anos, o vinho importado mais vendido do Brasil. Esse é o exemplo do crédito que eu mencionei.
GE - Casillero del Diablo é o vinho chileno mais vendido no mundo. Qual o segredo?
Eduardo - A linha Casillero representa 36% do faturamento da empresa. E é um vinho premium, um vinho reserva. Que empresa tem isso com um vinho deste nível? São sempre os vinhos mais baratos que ocupam este espaço todo. O Casillero é extremamente forte. Para que ele se mantenha assim, a gente tem sempre um trabalho com novidades, como a linha Devil’s Collection, que entrou no mercado há um ano e meio. Temos o Reserva Privada, que é um super premium da linha Casillero, e temos um super premium mais importante ainda que é o Leyenda, assinado como Casillero del Diablo. Mas a estratégia é a mesma de sempre – a gente cria produtos novos buscando tudo o que a gente tem de know how sobre cada um dos mercados.
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