Publicada em 31 de Agosto de 2016 às 18:50

Compra de biometano ganhará edital

Marina Schmidt, do Rio de Janeiro, especial para o JC
O destino de dejetos orgânicos, resultantes das atividades agropecuárias, pode estar na geração de energia. As possibilidades são amplas, demonstra o Atlas da Biomassa para Produção de Biogás e Biometano, lançado na manhã desta quarta-feira. Elaborado ao longo de um ano pela Univates (sob patrocínio da Secretaria de Minas e Energia e da Sulgás), o levantamento indica regiões com maiores potenciais de produção de recursos energéticos.
Durante o lançamento do material, realizado na Casa da Ocergs na Expointer, o secretário estadual de Minas e Energia, Lucas Redecker, divulgou que a Sulgás abrirá em breve um edital para compra de biometano por 15 anos. Argumentando que os produtores rurais têm a produção agrícola limitada pela quantidade de dejetos orgânicos gerados, o secretário destacou que a oportunidade de transformar esses restos em biometano ajuda a expandir a produtividade rural, além de reverter ganhos e favorecer o alcance da energia no campo.
"Estamos estimulando por completo essa cadeia", destacou, antecipando que o Badesul disponibilizará linhas de financiamento para os que desejarem investir nesse nicho. A perspectiva foi confirmada ainda na manhã desta quarta-feira, quando a instituição assinou acordo de cooperação técnica com a Sulgás, estabelecendo que destinará R$ 30 milhões em recursos a serem aplicados na área. A parceria faz parte da Política Estadual do Biometano e do Programa Gaúcho de Incentivo à Geração e Utilização de Biometano (RS-GÁS).
Parte das informações geradas pelo estudo foi subsidia graças à participação da empresa Naturovos juntamente com a cooperativa Ecocitrus, que desenvolveram um projeto coadunando cooperativismo e iniciativa privada para gerar biomassa. Nesse sistema, os dejetos da produção da Naturovos eram tratados pela Ecocitrus. "Tínhamos a necessidade de desenvolver conhecimento", descreve Fábio Fernandes Koch, da Naturovos. O fundamental, sinaliza Koch, é que a experiência consiga se refletir em "negócios viáveis".
Avaliando o levantamento, o presidente da Sulgás, Claudemir Bragagnolo, informou que a qualidade do biometano produzido em municípios do Estado é ideal. "Hoje, o gás produzido em Montenegro tem mais de 96% de biometano", exemplificou. A capacidade produtiva, contabiliza, é de um volume de 1,5 milhão de metros cúbicos de biometano por dia. "É um potencial invejável", declarou, indicando que a necessidade energética do País aumentará, sobretudo agora, que "iniciamos a saída da crise". Isso se reverte em oportunidade para todo o setor.
Na abertura, o presidente da Fecoergs e diretor da Ocergs, Jânio Stefanello, falou sobre a importância do cooperativismo na produção de biomassa, destacando a atuação de inúmeras cooperativas. "Enxergo a oportunidade de investimento do cooperativismo buscando, junto com parceiros públicos e privados, a construção do potencial de produção de biogás que temos no nosso Estado."
A energia limpa, como frisou Redecker, ainda se reverte em ganhos para toda a sociedade, não só pelo acesso energético, mas também pelo aumento da arrecadação. O presidente do Sistema Ocergs-Sescoop-RS, Vergilio Perius, disse que, atualmente, a energia é o principal insumo das propriedades rurais, citando que as cooperativas geram energia e a distribuem no meio rural por meio das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). Perius também fez referência ao projeto-piloto realizado na Cooperativa Languiru, por meio do Projeto de Cooperação com a Alemanha. Com o biogás gerado na unidade, a cooperativa já está assegurando, diariamente, água quente para seus colaboradores, exemplifica.
O destino de dejetos orgânicos, resultantes das atividades agropecuárias, pode estar na geração de energia. As possibilidades são amplas, demonstra o Atlas da Biomassa para Produção de Biogás e Biometano, lançado na manhã desta quarta-feira. Elaborado ao longo de um ano pela Univates (sob patrocínio da Secretaria de Minas e Energia e da Sulgás), o levantamento indica regiões com maiores potenciais de produção de recursos energéticos.
Durante o lançamento do material, realizado na Casa da Ocergs na Expointer, o secretário estadual de Minas e Energia, Lucas Redecker, divulgou que a Sulgás abrirá em breve um edital para compra de biometano por 15 anos. Argumentando que os produtores rurais têm a produção agrícola limitada pela quantidade de dejetos orgânicos gerados, o secretário destacou que a oportunidade de transformar esses restos em biometano ajuda a expandir a produtividade rural, além de reverter ganhos e favorecer o alcance da energia no campo.
"Estamos estimulando por completo essa cadeia", destacou, antecipando que o Badesul disponibilizará linhas de financiamento para os que desejarem investir nesse nicho. A perspectiva foi confirmada ainda na manhã desta quarta-feira, quando a instituição assinou acordo de cooperação técnica com a Sulgás, estabelecendo que destinará R$ 30 milhões em recursos a serem aplicados na área. A parceria faz parte da Política Estadual do Biometano e do Programa Gaúcho de Incentivo à Geração e Utilização de Biometano (RS-GÁS).
Parte das informações geradas pelo estudo foi subsidia graças à participação da empresa Naturovos juntamente com a cooperativa Ecocitrus, que desenvolveram um projeto coadunando cooperativismo e iniciativa privada para gerar biomassa. Nesse sistema, os dejetos da produção da Naturovos eram tratados pela Ecocitrus. "Tínhamos a necessidade de desenvolver conhecimento", descreve Fábio Fernandes Koch, da Naturovos. O fundamental, sinaliza Koch, é que a experiência consiga se refletir em "negócios viáveis".
Avaliando o levantamento, o presidente da Sulgás, Claudemir Bragagnolo, informou que a qualidade do biometano produzido em municípios do Estado é ideal. "Hoje, o gás produzido em Montenegro tem mais de 96% de biometano", exemplificou. A capacidade produtiva, contabiliza, é de um volume de 1,5 milhão de metros cúbicos de biometano por dia. "É um potencial invejável", declarou, indicando que a necessidade energética do País aumentará, sobretudo agora, que "iniciamos a saída da crise". Isso se reverte em oportunidade para todo o setor.
Na abertura, o presidente da Fecoergs e diretor da Ocergs, Jânio Stefanello, falou sobre a importância do cooperativismo na produção de biomassa, destacando a atuação de inúmeras cooperativas. "Enxergo a oportunidade de investimento do cooperativismo buscando, junto com parceiros públicos e privados, a construção do potencial de produção de biogás que temos no nosso Estado."
A energia limpa, como frisou Redecker, ainda se reverte em ganhos para toda a sociedade, não só pelo acesso energético, mas também pelo aumento da arrecadação. O presidente do Sistema Ocergs-Sescoop-RS, Vergilio Perius, disse que, atualmente, a energia é o principal insumo das propriedades rurais, citando que as cooperativas geram energia e a distribuem no meio rural por meio das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). Perius também fez referência ao projeto-piloto realizado na Cooperativa Languiru, por meio do Projeto de Cooperação com a Alemanha. Com o biogás gerado na unidade, a cooperativa já está assegurando, diariamente, água quente para seus colaboradores, exemplifica.
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