Publicada em 31 de Agosto de 2016 às 17:59

Para o campo ou cidade, Expointer também é roteiro de luxo

Jaguar chama a atenção dos clientes no interior da La Victoria

Jaguar chama a atenção dos clientes no interior da La Victoria


claiton dornelles/jc
Bruna Oliveira
As boutiques campeiras se instalaram em peso na Expointer 2016. Lojas grandes, vitrines luxuosas e produtos caros compõe o cenário que indica que, pelo menos no poder de compra, a crise passou longe do agronegócio. Com mais espaço na edição deste ano, o roteiro de luxo fixado no boulevard é ponto prestigiado da feira.
As boutiques campeiras se instalaram em peso na Expointer 2016. Lojas grandes, vitrines luxuosas e produtos caros compõe o cenário que indica que, pelo menos no poder de compra, a crise passou longe do agronegócio. Com mais espaço na edição deste ano, o roteiro de luxo fixado no boulevard é ponto prestigiado da feira.
O argentino Ariel Cappiello, proprietário da La Victoria, vem há 15 anos para a Expointer e este ano decidiu apostar com mais força no mercado de nicho. A loja ocupa um espaço considerável da quadra e não esteve vazia um só minuto durante o tempo em que a reportagem esteve no local.
Entre os artigos de selaria, vestuário de couro, facas e joias, carros das marcas Jaguar e Land Rover - apenas para exposição - compõe a decoração de luxo. Apesar da sombra de mau momento no setor, o clima é de muito otimismo com as vendas, diz Cappiello. Amanda Carvalho, vendedora da La Victoria, conta que o público segmentado costuma ser fiel à marca. "Eles vêm do interior todos os anos para comprar os nossos produtos".
No mesmo "circuito fashion", a loja Malacara chama atenção de longe com a vitrine vistosa. As botas de couro são o carro-chefe da marca, que possui lojas também em Porto Alegre e Gramado. Fracis Barbosa, um dos proprietários, conta que este é o sétimo ano da grife na feira, mas o primeiro em que o estande fica em espaço definitivo. O ambiente sofisticado é o principal chamariz, garante. "Nós nos preocupamos em fazer uma conexão entre o campo e o urbano. O proprietário rural gosta de estar vestido com qualidade, de quebrar a ideia de que no agronegócio tudo é rústico", diz.
Entre um espumante e outro, os clientes parecem satisfeitos com o atendimento diferenciado e as novidades que encontram. Silvana Dal Pizzol, produtora de cavalos Quarto de Milha em Cascavel, no Paraná, vem há três anos com a família visitar a Expointer. Ela conheceu a loja através da indicação de uma amiga. Em dois dias, já comprou cinco botas e uma bolsa. Um dos pares, inclusive, já saiu calçando. "Custa caro, mas a qualidade é boa. É o tipo de produto que só se encontra na Expointer".
Os preços na loja variam de R$ 500,00 a R$ 3500,00. Em cinco dias de feira, a marca de Farroupilha já vendeu 15% a mais que no ano passado. A expectativa de Barbosa é de que o aumento chegue a 20% até o fim da Expointer.
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