Publicada em 28 de Agosto de 2016 às 17:16

Sem crise do lado de fora do Parque de Exposições Assis Brasil

Comerciantes na entrada do parque comemoram os bons negócios

Comerciantes na entrada do parque comemoram os bons negócios


CLAITON DORNELLES/JC
Luiz Eduardo Kochhann
A Expointer não está restrita ao Parque de Exposições Assis Brasil. Ao lado da entrada principal, os visitantes logo avistam dezenas de lojistas enfileirados em barracas padronizadas na cor vermelha. No local, crise é uma palavra que passa longe do vocabulário dos expositores. Organizados pela Associação do Voluntariado e da Solidariedade (Avesol) e pela Associação dos Feirantes da Rua da Praia (Asferap), pagam uma taxa de R$ 590,00 para vender seus produtos do lado de fora dos portões e comemoram o desempenho dos negócios durante os 10 dias de feira.
A Expointer não está restrita ao Parque de Exposições Assis Brasil. Ao lado da entrada principal, os visitantes logo avistam dezenas de lojistas enfileirados em barracas padronizadas na cor vermelha. No local, crise é uma palavra que passa longe do vocabulário dos expositores. Organizados pela Associação do Voluntariado e da Solidariedade (Avesol) e pela Associação dos Feirantes da Rua da Praia (Asferap), pagam uma taxa de R$ 590,00 para vender seus produtos do lado de fora dos portões e comemoram o desempenho dos negócios durante os 10 dias de feira.
A ambulante Lúcia Valéria Ferreira costuma vender o tradicional churrasquinho nos arredores dos estádios da Arena do Grêmio e Beira Rio e na saída de shows realizados no Pepsi On Stage, na zona Norte de Porto Alegre. No ano passado, apostou em um estande dentro do Parque. "Não boto mais lá dentro, porque não vale a pena financeiramente", afirma. Lúcia chegou a gastar mais de R$ 3 mil com aluguel e outras taxas, mesmo patamar do faturamento, o que zerou seu lucro. Decidiu voltar para o lado de fora, onde consegue manter a rentabilidade.
A maioria dos produtos encontrados no local é de vestuário: meias, cintos, casacos, camisetas de clubes de futebol, bonés, tênis e sapatos. Também é possível encontrar diversas barracas de brinquedos e artesanato. A única proibição é a venda de CDs e DVDs. A comerciante Vera Lúcia Trojahn comercializa roupas infantis no local há 16 anos e dorme dentro do estande, de cerca de três metros quadrados, durante a Expointer. "O fim de semana é mais gordo, mas dá venda todos os dias. O lado ruim é que acontece antes do dia 5, quando as pessoas estão sem dinheiro", pondera.
O presidente da Asferap, Juliano Fripp, conta que os comerciantes já sofreram pressão para não atuar no local. Após acordo com o governo estadual, atualmente, a área conta com Programa de Proteção Contra Incêndio (PPCI), extintor, água, luz e segurança. A padronização dos estandes foi outra exigência cumprida. "A Expointer é a melhor das feiras que acompanhamos pelo Estado. Sempre tem mais gente querendo participar, porque é um pontapé para o pessoal se capitalizar e comprar o estoque para o verão", explica Fripp.
Osmar Gonçalves dos Santos participa do evento há quase duas décadas. "Sou do tempo em que fazíamos nossa própria barraca, com lona", lembra. O que mais sai, segundo ele, são os cintos e alpargatas. Nunca pensou em se mudar para dentro do parque, pois, mesmo sem revelar quanto ganha durante a feira, diz que o negócio do lado de fora é garantido pelo intenso movimento do local. "Olha, hoje (no sábado), até está parado, mas estou aqui há 20 anos e sei que, nos últimos dias, sempre melhora", confia, jogando o papo da crise para o outro lado.
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