A recriação ou não do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), extinto pelo governo interino de Michel Temer em maio, só deve ser decidida após o julgamento final da presidente. A informação foi dada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, na abertura da 39ª Expointer, em Esteio, neste sábado (27). 

Padilha havia sido cobrado, minutos antes, pelo presidente da Federação dos Trabalhadores da Agricultura (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva, que discursou na cerimônia e disse esperar que o ministro cumprisse promessa de recriar a pasta em setembro.     

Mas ao responder a questões da imprensa, o ministro-chefe não foi taxativo em relação ao assunto. Ele afirmou que Temer irá analisar a "hipótese" de retorno do ministério "depois de se converter presidente de forma definitiva".

Subordinada, hoje, à Casa Civil, a pasta do Desenvolvimento Agrário poderá ter um novo futuro a partir da conclusão do processo de impeachment, segundo Padilha, que se mostrou confiante de que o presidente interino será alçado definitivamente ao cargo na metade da próxima semana, quando se encerra o julgamento no Senado.

Estão sendo cogitadas três possibilidades, explicou: a da retomada do MDA como ministério independente e autônomo, como área vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Social (chefiado pelo gaúcho Osmar Terra) ou parte da estrutura do Ministério da Agricultura.

"É um tema para ver depois da confirmação de Temer de forma definitiva como presidente", sublinhou Padilha. "Eu acredito que vai se confirmar na madrugada do dia 30, quando, segundo as previsões com as quais a gente trabalha, devemos ter, a favor do impeachment, entre 60 e 62 votos".