Publicada em 27 de Agosto de 2016 às 16:59

Abertura da Expointer destaca segurança e medidas para agronegócio

Abertura da Expointer foi prestigiada por quatro ministros e garantias de apoio ao setor

Abertura da Expointer foi prestigiada por quatro ministros e garantias de apoio ao setor


Claiton Dornelles/JC
Durou cerca de três horas a abertura da 39ª Expointer na largada da feira, contrariando a tradição de fazer apenas no final do evento. A cerimônia entre o fim da manhã e começo da tarde deste sábado (27) foi em ambiente fechado, no Restaurante Internacional, e sem os animais. O desfile dos campeões das raças será na próxima sexta-feira.
Durou cerca de três horas a abertura da 39ª Expointer na largada da feira, contrariando a tradição de fazer apenas no final do evento. A cerimônia entre o fim da manhã e começo da tarde deste sábado (27) foi em ambiente fechado, no Restaurante Internacional, e sem os animais. O desfile dos campeões das raças será na próxima sexta-feira.
O primeiro dia da feira no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, que vai até o próximo domingo (4 de setembro), é marcado por sol forte e temperatura elevada. O fluxo de visitantes é intenso devido ao bom tempo.
Quatro ministros estavam na cerimônia, os gaúchos Eliseu Padilha (Casa Civil), Ronaldo Nogueira (Trabalho) e Osmar Terra (Desenvolvimento Social), além de Blairo Maggi, da Agricultura, que não nasceu no Estado, mas foi registrado em Torres, litoral norte gaúcho. "Foi meu pai, que era gaúcho, que registrou. Para todos os efeitos, para o bem ou para o mal, sou gaúcho", afirmou o ministro da Agricultura.
O governador José Ivo Sartori (PMDB) citou, ao fazer o último discurso no ambiente marcado por abafamento, que descobrira um pouco antes que o ministro havia sido "produzido e registrado" no Estado.
As autoridades e lideranças de entidades dos setores de grãos, pecuária, cooperativas, agricultura familiar e máquinas agrícolas exaltaram a pujança do Rio Grande do Sul no agronegócio. Sartori destacou as parcerias com os setores e citou a recente visita à Argentina, para buscar a integração para buscar mercados no mundo.
O tema da segurança pública, que ganhou Gabinete de Crise desde a morte com tiro de uma mãe que buscava o filho em uma escola em Porto Alegre e o pedido de demissão do secretário da Segurança Pública, acabou invadindo a feira. O governador reconheceu que a situação está difícil, mas preveniu que a "atual violência não foi criada pelo seu governo". Neste domingo (28) chegam os dois pelotões da Força Nacional de Segurança Pública para fazer policiamento ostensivo em Porto Alegre.
Padilha citou as reformas em análise (Previdência e Trabalhista) e anunciou que o setor fumageiro terá acesso a crédito agrícola. Durante a coletiva de imprensa, o ministro disse que recebeu a informação da mudança, que beneficia 200 mil produtores. Maggi também saiu em defesa dos fumicultores. "Eles fazem parte do Brasil, não podem ser jogados fora", defendeu o titular da Agricultura.
Calor e fluxo intenso de público no primeiro dia
O parque já registra movimento intenso, em dia de temperaturas elevadas. Este ano a Secretaria da Agricultura resolveu abrir o evento no primeiro dia, após concordância das entidades do setor e alterando a prática de anos. Segundo o titular da pasta da Agricultura, Ernani Polo, a abertura no final do evento era explicada no passado porque apenas nos últimos dias o público podia visitar, quando ocorria o desfile. Este ano o desfile se manterá na sexta-feira.
"Os primeiros dias eram de julgamento dos animais, só depois os visitantes podiam conferir as atrações. Depois de 20 anos em que o público já visita todos os dias, inovamos trazendo para o começo", disse Polo. O secretário aproveitou para anunciar a criação de um grupo de trabalho que vai formular o Agro Mais Gaúcho, que se inspirou no Agro Mais, lançado por Maggi esta semana em Brasília e que promete desburocratizar e rever a legislação do setor.
"Pode até ser plágio do governo federal. Na semana seguinte a Expointer, vamos montar um grupo de trabalho para fazer uma profunda reavaliação para adequar a legislação", disse o secretário.  
Entre os setores, a Federação da Agricultura (Farsul) pediu um seguro agrícola de mercado e mostrou preocupação com a entrada do arroz do Mercosul. O presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas Agrícolas (Simers), Cláudio Bier, pediu a revitalização do Moderfrota, cujos juros mais baixos foram decisivos para compra de equipamentos. "Não sei onde está", referiu-se Bier, provocando representantes do governo federal presentes. 
Maggi disse depois que não vai faltar recursos. O ministro lembrou que o programa PSI, que tinha vantagens, foi desativado e teve recursos zerados, mas que tem mais de R$ 5 bilhões para repasses. "Se em janeiro e fevereiro faltarem recursos do Plano Safra, vou trabalhar com a área econômica para aumentar o aporte", garantiu.   
O presidente da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Eduardo Finco, cobrou apoio à segurança no campo. Finco quer ações para conter o abate de animais em diversas regiões. "Sei dos esforços que estão sendo feitos em relação às cidades e lhe parabenizo por isso. Mas o campo não pode ser esquecido", avisou ao governador. Entre as baixas, estão exemplares de campeões de raça.
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