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Conjuntura

- Publicada em 24 de Agosto de 2016 às 19:00

Confiança do setor de construção registra leve alta

Índice de Confiança da Construção registrou alta de 2,7 pontos em julho, atingindo 70,7 pontos, o maior desde agosto de 2015

Índice de Confiança da Construção registrou alta de 2,7 pontos em julho, atingindo 70,7 pontos, o maior desde agosto de 2015


FREEPIK/DIVULGAÇÃO/JC
A caminhada para retomar o fôlego é longa e dá passos lentos. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 2,7 pontos em julho, atingindo 70,7 pontos, o maior desde agosto de 2015 (72,4 pontos). Esta foi também a primeira vez desde novembro passado em que houve alta tanto do indicador que mede a situação corrente quanto do indicador de expectativas de curto prazo. O resultado sinaliza uma melhora da percepção dos empresários, embora o nível de confiança ainda seja muito baixo em termos históricos. "As indicações de retomada de obras paradas e de novas contratações nos programas governamentais, assim como as perspectivas mais positivas para a economia, reduziram o pessimismo setorial", observa Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV/Ibre.
A caminhada para retomar o fôlego é longa e dá passos lentos. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 2,7 pontos em julho, atingindo 70,7 pontos, o maior desde agosto de 2015 (72,4 pontos). Esta foi também a primeira vez desde novembro passado em que houve alta tanto do indicador que mede a situação corrente quanto do indicador de expectativas de curto prazo. O resultado sinaliza uma melhora da percepção dos empresários, embora o nível de confiança ainda seja muito baixo em termos históricos. "As indicações de retomada de obras paradas e de novas contratações nos programas governamentais, assim como as perspectivas mais positivas para a economia, reduziram o pessimismo setorial", observa Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV/Ibre.
Para a economista, a sondagem de julho mostra que começa a se fortalecer o sentimento de que o pior já passou, mas a melhora da confiança continua ocorrendo muito mais por conta de uma redução do pessimismo do empresário em relação ao que vai acontecer. "A demanda e acesso ao crédito continuam como os principais fatores limitativos à melhoria dos negócios correntes. A atividade da construção se mantém bastante deprimida e mesmo com o aumento de julho. As indicações de realização de novos negócios e de retomada de contratações ainda não apresentam a robustez necessária para confirmar a recuperação," conclui Ana Maria Castelo.
O economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBI) Luís Fernando Melo afirma que é preciso iniciar um novo ciclo nas obras de infraestrutura do País. Ele explica que em 2014, por conta da crise fiscal, os investimentos públicos pararam e não foram retomados. "Tudo indica que o governo entrará com menos investimentos. Por isso, as apostas são os projetos privados, concessões e parcerias público-privadas, principalmente em obras de aeroportos, portos, ferrovias e estradas", diz ele.

Cinco obstáculos para a construção civil

1. Demanda interna insuficiente
A falta de demanda está em primeiro lugar no ranking dos obstáculos à recuperação do setor. Sem ter compradores para os imóveis ou interessados em contratar serviços de reformas, as construtoras adiam os investimentos e o lançamento de empreendimentos e serviços.
2. Elevada carga tributária
O peso dos impostos é o segundo principal problema apontado. A carga tributária aumenta os custos das obras e, consequentemente, o preço dos imóveis e dos serviços da construção.
3. Taxa de juros elevadas
A taxa de juros alta encarece os custos dos financiamentos. Como a maioria das pessoas depende de empréstimos de longo prazo para comprar imóveis, os custos elevados dos financiamentos afastam os compradores.
4. Inadimplência dos clientes
A inadimplência dos clientes compromete o planejamento e traz prejuízos ao caixa das empresas. Em muitos casos, a iniciativa privada é obrigada a recorrer a empréstimos nos bancos para honrar seus compromissos ou atrasar as próprias contas.
5. Falta de capital de giro
Sem dinheiro em caixa para manter as operações do dia-a-dia, como o pagamento dos salários, de aluguéis e de impostos, a empresa fica com as finanças comprometidas e, em alguns casos, é obrigada a reduzir as atividades e até dispensar empregados.
Fonte: Sondagem Indústria da Construção, elaborada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI)

Crise fechou 20 mil vagas em dois anos no Estado

Índice de Confiança da Construção registrou alta de 2,7 pontos em julho, atingindo 70,7 pontos, o maior desde agosto de 2015

Índice de Confiança da Construção registrou alta de 2,7 pontos em julho, atingindo 70,7 pontos, o maior desde agosto de 2015


FREEPIK/DIVULGAÇÃO/JC
Mais de 20 mil postos de trabalho foram fechados na construção civil gaúcha desde o último trimestre de 2014. Somente no ano passado, mais de 14 mil vagas foram eliminadas. Segundo indicadores divulgados pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-RS), o total de trabalhadores empregados baixou de 160 mil (2014) para 138 mil em junho deste ano. No entanto, já é possível perceber uma estabilização no número de trabalhadores empregados em Porto Alegre e na Região Metropolitana.
Em junho de 2016, foram fechados 28,1 mil postos de trabalho na construção civil no Brasil e 393 vagas foram extintas no Rio Grande do Sul, conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Na Capital, foram perdidos 242 novos empregos de trabalho no setor. Na Região Metropolitana de Porto Alegre, o saldo foi positivo, com a geração de nove vagas. O presidente do sindicato, Ricardo Antunes Sessegolo, pede aos empresários que mantenham seus funcionários, pois o cenário deve melhorar em um prazo de seis meses a um ano. "Esperamos uma retomada em 2017, e quem desmontar suas equipes terá que treinar e capacitar novamente", diz o dirigente.
No mercado imobiliário, os números continuam negativos. Os lançamentos caíram 26% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto as vendas apresentaram queda de 18% nesta mesma comparação. De acordo com Sessegolo, Porto Alegre é a capital brasileira com o estoque mais baixo de imóveis. Atualmente, estão à venda em Porto Alegre 6.294 imóveis novos, representando uma redução de 0,19% na comparação com 2015, quando estavam em oferta 6.306 unidades. Esses imóveis estão distribuídos em 355 empreendimentos, pertencentes a 190 empresas, conforme o 19º Censo do Mercado Imobiliário, elaborado pelo Sinduscon-RS. De acordo com o levantamento, a área total em oferta na capital corresponde a 704.502 m2, em um crescimento de 12,29% na comparação com 2015. Do total de imóveis à venda, 5.911 são unidades residenciais e 383 unidades comerciais.
O economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBI) Luís Fernando Melo acredita que o setor está caminhando para a normalidade. Ele diz que a entidade está acompanhando as construtoras e que o preço dos imóveis já caiu bastante. "O valor dos imóveis está mais atraente ao consumidor, que em breve deverá voltar a comprar", comenta.