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ENTIDADE

- Publicada em 17 de Agosto de 2016 às 08:56

Sinduscon-RS foca no diálogo para encontrar soluções

Conforme Sessegolo, os últimos dois anos estão sendo difíceis para o setor

Conforme Sessegolo, os últimos dois anos estão sendo difíceis para o setor


CLÁUDIO BERGMAN/DIVULGAÇÃO/JC
A força expressiva do setor gaúcho da construção pode ser mensurada nos números do Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS). São 67 anos de atuação, 11 mil empresas, 146 mil trabalhadores e presença em mais de 300 municípios. Diante das dificuldades política e econômica e da consequente redução do nível de atividade do setor, a entidade aposta no diálogo com os governos para retomar o crescimento, mesmo que de forma lenta.
A força expressiva do setor gaúcho da construção pode ser mensurada nos números do Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS). São 67 anos de atuação, 11 mil empresas, 146 mil trabalhadores e presença em mais de 300 municípios. Diante das dificuldades política e econômica e da consequente redução do nível de atividade do setor, a entidade aposta no diálogo com os governos para retomar o crescimento, mesmo que de forma lenta.
O presidente do Sinduscon-RS, Ricardo Antunes Sessegolo, diz que os últimos dois anos estão sendo difíceis para o setor e refletem o atual momento econômico, com o PIB da construção acumulando uma retração de 10% desde o início de outubro de 2014 até março de 2016. Em 2015, o índice negativo foi de 6,6%. "Vínhamos de um ritmo forte, com as empresas lançando seus produtos. Mas, no ano passado, ocorreram muitas desistências de compras, o que significou um período crítico", explica. O boom da construção civil brasileira ocorreu entre 2006 e 2013 com o crédito facilitado, o alto índice de confiança do empresariado e do consumidor, e o programa Minha Casa Minha Vida.
Para tentar retomar o setor, Sessegolo integrou a comitiva que foi a Brasília, no dia 11 de agosto, levar uma agenda de reivindicações ao presidente Michel Temer. Os empresários pediram a aprovação de reformas estruturantes, com a modernização da Previdência Social e da legislação trabalhista; e a adoção de mecanismos para o melhor controle dos gastos públicos.
Apesar das incertezas do cenário nacional, o presidente do Sinduscon-RS diz que já há sinais de uma pequena reversão e recomenda que os empresários estejam preparados e que não desmontem suas equipes. "De forma lenta, os clientes estão voltando. Existem nichos de mercados para ser explorados com criatividade, locais de Porto Alegre onde as pessoas querem morar, a exemplo dos bairros Bom Fim e Meninos Deus", garante ele, lembrando que, conforme estudos de mercado, a cada oito a dez anos, as pessoas trocam de residência e, geralmente, para um imóvel melhor. "Este é um bom momento para comprar imóveis novos", completa Sessegolo.

Projetos incentivam a música e a cultura

Conforme Sessegolo, os últimos dois anos estão sendo difíceis para o setor

Conforme Sessegolo, os últimos dois anos estão sendo difíceis para o setor


CLÁUDIO BERGMAN/DIVULGAÇÃO/JC
Em 2014, quando comemorou 65 anos, o Sinduscon-RS implantou o Projeto Construção Cultural. A ideia era celebrar o aniversário do sindicato dando algo em troca para a sociedade porto-alegrense. A iniciativa de recuperar e restaurar monumentos da Capital deu certo, cresceu; e outras entidades e empresas se juntaram ao time. Em julho deste ano, o Sinduscon-RS e a Associação Sul Riograndense da Construção Civil entregaram oficialmente 20 monumentos revitalizados do Parque Farroupilha (Redenção). "O projeto busca chamar a atenção para nosso patrimônio histórico e o cuidado que se deve ter com ele", afirma Sessegolo.
Em dois anos, o projeto recuperou 32 peças escultóricas do parque, através de parcerias firmadas entre a prefeitura de Porto Alegre, a Associação Sul Riograndense da Construção Civil, com o apoio do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, e verba incentivada pelo governo do Estado, por meio do programa Pró Cultura - Lei de Incentivo à Cultura (LIC). A ação conta com o patrocínio da Braskem, Gerdau, Melnick Even e Nex Group. Segundo o presidente, o projeto continua, e novidades podem ser esperadas para breve.
Além do Resgate do Patrimônio Histórico, o projeto Construção Cultural apresenta mais duas plataformas: Vidas em Construção, que envolve uma série de debates, visando a aprimorar e difundir conceitos sobre viver e habitar e o Sindusom Construção Cultural, no qual, toda segunda quinta-feira do mês, o teatro do sindicato é aberto ao público, das 20h às 21h, para apresentação de shows de artistas locais. Sessegelo conta que muitos talentos da construção civil, também na área musical, estão sendo descobertos no palco.
Ainda na música, a entidade está subsidiando a formação de uma orquestra composta por jovens. Trata-se do Sindusom Júnior, que estreia em show musical no dia 8 de setembro, às 20h no Teatro do Sinduscon-RS. O objetivo da iniciativa, que envolve jovens carentes, é o de consolidar um grupo profissional de música, com ênfase no gênero musical choro.
Desde abril deste ano, através de aulas semanais às terças-feiras, são ministradas aos participantes aulas teóricas e práticas, que contemplam em sua programação escrita e leitura musical, compasso, história da música brasileira, com destaque a compositores e gêneros. De acordo com o coordenador e curador do Teatro Sinduscon-RS, Mathias Pinto, o nível dos integrantes está excelente.

Menos burocracia e mais agilidade

Um dos principais gargalos da construção civil é a burocracia e demora para aprovação de projetos devido à deficiência dos órgãos públicos, situação que se agrava ainda mais com novas legislações, como a nova lei de prevenção contra incêndio, que tem tornado mais lenta a liberação dos projetos pelo Corpo de Bombeiros. A espera tem sido em média de seis meses.
"Os bombeiros não têm estrutura para atender a essa demanda", diz Sessegolo. O setor aguarda a aprovação de uma modificação na lei que trará mais agilidade e racionalização ao processo, sem interferir na questão da segurança.
O presidente do sindicato garante que está avançando no diálogo e relacionamento com a prefeitura, o Corpo de Bombeiros e a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e que reconhece o esforço dos gestores para dar mais celeridade aos processos.

Força do Interior

O sindicato conta com estruturas montadas em dois grandes polos da construção do Estado: Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, e Capão da Canoa, no Litoral Norte. Nestas duas cidades, a entidade organiza encontros quinzenais, quase sempre com a presença de algum representante da diretoria de Porto Alegre. A ideia de montar bases fora da Capital foi para divulgar melhores práticas e atender os associados.
"O terceiro polo do setor no Estado está no litoral. Os condomínios de Xangri-Lá, por exemplo, são cases para todo País", afirma o presidente da entidade. Novidades em tecnologia e cursos de gestão e qualidade também são levados para esses municípios e região.