Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Mercado de Capitais

- Publicada em 31 de Agosto de 2016 às 19:21

Bovespa cai em dia de impeachment

O cenário externo acabou por ser determinante para a queda da Bovespa nesta quarta-feira, mesmo com as atenções voltadas ao último capítulo do processo de impeachment de Dilma Rousseff. Um aumento inesperado de estoques fez os preços do petróleo derreterem nas bolsas de Nova Iorque e Londres, gerando importante aversão a ativos de risco no mundo.
O cenário externo acabou por ser determinante para a queda da Bovespa nesta quarta-feira, mesmo com as atenções voltadas ao último capítulo do processo de impeachment de Dilma Rousseff. Um aumento inesperado de estoques fez os preços do petróleo derreterem nas bolsas de Nova Iorque e Londres, gerando importante aversão a ativos de risco no mundo.
No Brasil, a surpresa foi a separação da votação do impeachment em duas etapas e a insuficiência de votos para garantir a inelegibilidade da presidente cassada. O fato gerou desconforto no mercado e reforçou a tendência de baixa do Índice Bovespa, que terminou o dia em queda de 1,15%, aos 57.901 pontos, e com R$ 8,61 bilhões em negócios.
A bolsa iniciou o dia em alta, tendo ações estratégicas no território positivo, como as estatais Petrobras e Banco do Brasil. Mas o mercado todo sucumbiu após o Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE) anunciar crescimento de estoques de 2,276 milhões de barris de petróleo bruto na semana passada, muito acima do previsto pelos analistas, que estimavam aumento de 1,2 milhão de barris.
A leitura é que a produção da commodity continua elevada, sem contrapartida na demanda, em um sinal de desaceleração econômica dos EUA. Com isso, o mercado de commodities acompanhou o movimento, derrubando ações ligadas a matérias-primas. Internamente, Petrobras ON e PN caíram 2,90% e 1,83% no fechamento, enquanto Vale ON e PNA recuaram 4,02% e 4,30%, respectivamente.
A aprovação do impeachment foi confirmada às 13h35min. Nesse momento, o Ibovespa, cuja queda rondava o 1,45%, reduziu o ritmo para o nível logo abaixo de 1%. A reação foi pontual, uma vez que, na segunda votação, a presidente cassada manteve os direitos de elegibilidade.
A decisão do Senado gerou forte ruído na base aliada do governo Michel Temer. Parlamentares do PSDB e DEM acusaram o PMDB de ter feito um acordo para amenizar a pena de Dilma por crime de responsabilidade.
Com a queda desta quarta-feira, o Ibovespa encerrou o mês de agosto com alta de 1,03% e contabiliza ainda ganho de 33,57% em 2016. Na última segunda-feira (29), os investidores estrangeiros retiraram R$ 85,918 milhões da bolsa brasileira. Em agosto, até o dia 29, o saldo acumulado estava negativo em R$ 1,541 bilhão. No acumulado de 2016, a bolsa tem superávit de R$ 15,714 bilhões em recursos externos.
A volatilidade prevaleceu no mercado de câmbio no dia da cassação do mandato presidencial de Dilma Rousseff. O vaivém foi alimentado pela tensão em torno das etapas finais no processo de impeachment da petista e pela disputa para a formação da última taxa Ptax de agosto, enquanto, lá fora, o petróleo recuava mais de 3%.
Mesmo após a confirmação do afastamento definitivo de Dilma, a divisa norte-americana chegou a tocar a máxima do dia, aos R$ 3,2557 ( 0,54%), diante de preocupações com um possível racha na base governista de Michel Temer. No mercado à vista, a moeda foi negociada, no balcão, em queda de 0,36%, aos R$ 3,2268.
arte_bolsa_bolsa_editar_01.jpg

Arábia Saudita não irá 'inundar' mercado de óleo

O ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, avaliou que há um excesso de oferta de petróleo e ressaltou que seu país, maior exportador mundial da commodity, não irá elevar sua produção à capacidade máxima e inundar o mercado de óleo. "O mercado está saturado com o excesso de oferta, e não vemos, no curto prazo, necessidade de o reino atingir sua capacidade máxima de produção", disse Falih à emissora de TV Al Arabiya, com sede em Dubai.
A produção saudita atual atende às necessidades dos clientes, tanto no âmbito doméstico quanto no internacional, "e a política de produção vai manter um alto grau de responsabilidade", afirmou o ministro.
Falih, que falou durante visita oficial à China, disse que a Arábia Saudita não está preocupada com a demanda global, apesar da tendência de queda nos preços do petróleo e da desaceleração da economia.