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Política Monetária

- Publicada em 31 de Agosto de 2016 às 18:50

BC mantém a taxa básica de juros em 14,25% ao ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou ontem a manutenção da taxa básica de juros Selic em 14,25% ao ano, conforme esperado pelo mercado. É a nona vez consecutiva em que o Copom decide que a taxa deve permanecer inalterada.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou ontem a manutenção da taxa básica de juros Selic em 14,25% ao ano, conforme esperado pelo mercado. É a nona vez consecutiva em que o Copom decide que a taxa deve permanecer inalterada.
O governo de Michel Temer já trabalha com a possibilidade de a taxa de juros começar a cair só no próximo ano, diante do ritmo ainda lento de queda da inflação e da demora na aprovação das medidas fiscais propostas pelo governo.
Em maio, Temer acreditava que a Selic, referência de juros para o mercado financeiro, começaria a ser reduzida pelo Copom na reunião marcada para outubro. Assessores presidenciais avaliam agora que as melhoras no cenário econômico ainda não são suficientes para o BC cortar a taxa de juros.
Na ata da última reunião do Copom, realizada em julho - a primeira sob o comando de Ilan Goldfajn -, o Banco Central também indicou que tem dúvidas sobre o ritmo de queda da inflação e de aprovação de medidas na área fiscal, o que pode adiar o corte dos juros.
"Todos os membros do comitê enfatizaram que a continuidade dos esforços para aprovação e implementação dos ajustes na economia, notadamente no que diz respeito a reformas fiscais, é fundamental para facilitar e reduzir o custo do processo de desinflação", afirmou o Copom.
O BC disse ainda, na ocasião, que vê sinais de que a recessão pode estar próxima do fim, mas afirma que a inflação tem recuado a uma velocidade "aquém da almejada". Alguns diretores esperavam uma queda maior dos índices de pressões diante da desaceleração econômica. Outros afirmam que houve avanços.
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Fundos ganham da caderneta de poupança

As aplicações em renda fixa, como fundos de investimento, ganham da poupança na maioria das situações com a Selic em 14,25% ao ano. A Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) afirma, porém, que mesmo com e Selic estável, as cadernetas de poupança vão continuar interessantes frente aos fundos de renda fixa cujas taxas de administração sejam superiores a 2,50% ao ano.
Isso porque a poupança, que rende TR (taxa referencial) mais 6,17% ao ano, não sofre qualquer tributação. Já os fundos de renda fixa têm incidência de Imposto de Renda sobre seus rendimentos, sendo que a alíquota é maior quanto menor for o prazo de resgate. Mesmo com remuneração de 80% do CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro, taxa de juros nos empréstimos entre bancos), o CDB leva vantagem. Enquanto o rendimento da poupança fica em 8,47% ao ano, o CDB aplicado pelo mesmo período renderia 8,64%.